segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Obras de Requalificação da Escola


Já começaram - e decorrem a bom ritmo - as obras de requalificação da nossa escola. O edifício do Bloco A1 foi o primeiro a ser intervencionado, seguindo-se a curto prazo a construção de dois novos edifícios - o Bloco A4 (Bloco Tecnológico) e o bloco do refeitório, bufete e polivalente de alunos.

domingo, 28 de setembro de 2008

Tiroteio em escola improvável na Região

A Madeira não tem, em concreto, potenciais casos que possam levar a uma situação como a que aconteceu, recentemente, numa escola da Finlândia, onde um jovem atirou a matar, vitimando 10 alunos, e suicidou-se depois. Mas as forças de segurança estão preparadas e têm a noção de qual será a melhor forma de reagir e minimizar os impactos de uma situação semelhante.

A garantia foi deixada ontem aos jornalistas pelo Comandante da Polícia de Segurança Pública da Madeira à margem de um simulacro realizado na Escola Secundária Jaime Moniz. Uma iniciativa preparada muito antes do que aconteceu na Finlândia e onde qualquer semelhança é pura coincidência. Ainda assim, e quando confrontado pelos jornalistas com o caso em questão, Pereira Lucas disse que o facto de não haver acções de prevenção a esse nível é porque ainda não foram identificadas situações de risco.

A PSP e não só, estão, contudo, atentas a este tipo de situações que, como aconteceu na Finlândia, também pode vir a acontecer num local qualquer do Mundo. «Uma situação como aconteceu naquela escola deriva de um conjunto de factores que podem propiciar. A Polícia faz sistemáticamente análises de risco e que visam verificar se os factores se conjugam. As análises de risco que temos não indicam situações dessas...», frisou.

Quanto ao simulacro que ontem decorreu na Escola Secundária Jaime Moniz, refira-se que o cenário fictício iniciou-se com uma chamada telefónica do Conselho Executivo de que um docente de um estabelecimento de ensino da cidade do Funchal tinha sido sequestrado por um ex-aluno, o qual é caracterizado como sendo problemático e com problemas ao nível do foro psicológico. Ao mesmo tempo, ocorria outra situação em que o aluno foi vítima de um furto realizado por um indivíduo sobejamente conhecido nos meandros do crime.

No cenário, foram utilizados alguns estudantes da Jaime Moniz que receberam todas as indicações sobre o que fazer perante este cenário levado a cabo pela equipa da Escola Segura da Esquadra do Funchal que recorreu às várias valências policiais que o Comando Regional da PSP dispõe, nomeadamente a Brigada de Intervenção Rápida, as Equipas de Inactivação de Engenhos e Explosivos e Subsolo, o carro patrulha e as equipas velocipédicas.

Pereira Lucas explicou que a iniciativa integrou-se no âmbito das iniciativas levadas a cabo no início do ano lectivo. «O que se pretende é uma maior parceria com a comunidade escolar», referiu o comandante da PSP-Madeira que adiantou que a força policial que representa desenvolve acções em parceria com as escolas para que sejam transmitidas várias informações relacionadas com as actividades realizadas pela PSP.

Por Carla Ribeiro (in Jornal da Madeira)

Indisciplina e violência na escola: causas e perspectivas de intervenção

Muitos investigadores em educação consideram que a indisciplina e a violência na escola têm aumentado de forma acentuada e indiferenciada. Este fenómeno apresenta contornos multifacetados e deriva de múltiplas causas, portanto, obriga a uma reflexão profunda e pluridisciplinar. A complexidade desta realidade sócio-cultural tem interferências nocivas no processo de ensino-aprendizagem, com consequências trágicas para o sucesso da «escola eficaz», pelo que, suscita interrogações e requer o debate e a discussão com o envolvimento de todos os agentes educativos interessados na formação do cidadão que vai viver numa sociedade verdadeiramente justa, democrática e solidária.
Quais as causas da indisciplina e da violência escolar? Que principais aspectos devem ser considerados na gestão da disciplina na escola e na sala de aula? Que estratégias concretas devem os professores utilizar para lidar com a indisciplina e a violência escolar?
Para tentar responder a estas e outras questões, professores, pedagogos, sociólogos, psicólogos, psiquiatras, pediatras, jornalistas, políticos, agentes da polícia e muitos outros cidadãos, num ambiente de importante partilha de opiniões, têm participado em congressos, conferências e outras reuniões, na expectativa de uma melhor compreensão desta problemática para que sejam implementadas medidas baseadas em estratégias concebidas numa perspectiva de aproveitamento de sinergias oriundas de várias correntes científicas e filosóficas.
A reflexão sobre este tema, parecendo- -me plenamente justificada, no pressuposto de que existe relação entre indisciplina e violência, tem os seguintes objectivos: (1) referir as principais causas da violência escolar e identificar contextos que condicionam a disciplina/indisciplina na escola e na sala de aula; (2) divulgar opiniões e resultados de estudos internacionais importantes para uma melhor percepção da dimensão do problema; (3) apresentar uma perspectiva de intervenção comunicacional que auxilie professores e educadores na prevenção e resolução da indisciplina e da violência escolar e recomendações gerais úteis para a gestão da disciplina na sala de aula.
Face aos objectivos definidos, consultei estudos divulgados na IV Conferência Mundial sobre “Violência na Escola e Políticas Públicas”, organizada pela Universidade Técnica de Lisboa (2008), intervenções apresentadas no XI Colóquio organizado pela Universidade de Lisboa (2001) no âmbito da Association Francophone Internationale de Recherche Scientifique en Education (AFIRSE), resultados do “Relatório das Audiências Públicas sobre a Violência das Escolas” realizado pela Comissão Sul-Africana dos Direitos Humanos (SAHRC), opiniões de Eric Debarbieux (professor da Universidade de Bordéus e presidente do Observatório Internacional da Violência Escolar) e de Feliciano Veiga (investigador em educação e professor da Universidade de Lisboa).
Em relação aos conceitos de “indisciplina”, de “violência” e de “bullying”, por serem termos polissémicos e como irei utilizar nesta reflexão, penso ser importante explicitar os seus significados. Segundo Veiga (2007), por “indisciplina” entende-se a transgressão das normas escolares que prejudicam as condições de aprendizagem, o ambiente de ensino ou relacionamento das pessoas na escola (o conceito não é estático, sofre mutações, em função do contexto sócio-cultural). O termo “bullying” (palavra inglesa que não tem uma tradução directa para o português) é atribuído ao significado de agressão em contexto escolar. A “violência” é definida como o “recurso à força para atingir o outro na sua integridade física e/ou psicológica” (Fischer, 1999, citado por Veiga, 2007).Ora bem, definidos os aspectos ligados à significação dos termos, para melhor se perceber o “problema”, também faz todo o sentido identificar as principais causas e os contextos relacionados com esta problemática, porquanto, sem este conhecimento, não é possível eliminar a indisciplina e a violência escolar.
Para a maioria dos estudiosos, as causas da indisciplina relacionam-se com problemas familiares ou psicológicos, aspectos sócio- -culturais, questões de estruturação escolar, métodos pedagógicos inadequados do professor, etc., isto é, como referi, a indisciplina para além de ter causas múltiplas, sofre transformações que decorrem dos diferentes contextos. Fernandes (2001), numa comunicação apresentada no XI Colóquio da AFIRSE, apresentou vinte e três causas (algumas delas muito polémicas e contundentes) para explicar o aumento da violência escolar.
Em virtude de serem em número elevado, irei mencionar apenas algumas delas, a saber: (1) o alastramento de diversas formas de exclusão social, agravadas pela globalização neoliberal, designadamente, o aumento da toxicodependência, da prostituição e as crescentes dificuldades dos jovens em arranjar emprego; (2) o insuficiente patrulhamento policial junto às escolas; (3) a impunidade que goza a classe política, em relação ao incumprimento das promessas eleitorais e à não responsabilização pelas consequências dos actos cometidos no exercício do poder político; (4) os maus exemplos éticos transmitidos aos jovens através da impunidade que, em regra, usufruem os poderosos (a nível económico e a nível político) quando cometem crimes económicos, quer se trate de corrupção e/ou de evasão fiscal); (5) a violência nos programas de televisão; (6) a violência familiar agravada por factores de exclusão social; (7) as deficientes condições das escolas (elevado número de alunos por turma e outros aspectos); (8) o paradigma educacional dominante que, praticamente, se limita à transmissão de conhecimentos atomizados e compartimentados por disciplina; (9) a deterioração da imagem social do professor; (10) as elevadas taxas de insucesso escolar; (11) a falta de perspectivas de vida futura para os jovens; (12) as normas disciplinares dentro de cada escola são ambíguas e as exigências disciplinares variam muito de professor para professor, etc.
Admitindo como válido este “inventário” de causas da indisciplina e violência escolar que acabei de referir, com relativa facilidade seria possível identificar os principais contextos onde os alunos estão habitualmente inseridos e actuar em conformidade. O mesmo autor (Fernandes, 2001), afirma que a disciplina/indisciplina na sala de aula é consequência da interacção entre cinco contextos: (1) contexto familiar; (2) contexto societal; (3) contexto mediático; (4) contexto escola; e (5) contexto relacional professor. Esta última dimensão, por “deformação” académica e profissional, terá uma atenção especial no final desta reflexão. Entretanto, tal como me propus, gostaria de divulgar alguns resultados de estudos internacionais que ajudam a ilustrar a dimensão do problema (não a explicação do fenómeno) e que podem servir de incentivo para investigações nacionais.
Em primeiro lugar, de acordo com uma pesquisa sobre opiniões de professores da responsabilidade de Kikkawa (1987), citado por Veiga (2007), revela que os “comportamentos agressivos” existem na maior parte das escolas e a indisciplina parece ser menor nos grupos do sexo feminino. Vejamos, então, o que se passa em alguns países. Um estudo realizado pela comissão da África do Sul dos direitos humanos que originou o “Relatório das Audiências Públicas sobre a Violência nas Escolas”, a partir de um inquérito aplicado pela SAHRC, constatou que uma em cada quatro crianças sul- -africanas afirmou ter sofrido ocorrências de violência na escola.
Numa investigação realizada em conjunto por Portugal e Espanha divulgada na IV Conferência Mundial sobre Violência Escolar e Políticas Públicas realizada a partir de um questionário a 1233 crianças entre os sete e os 13 anos de oito escolas de Lisboa e de Sevilha demonstrou a existência de “bullying”, porque cerca de 18 por cento das crianças inquiridas eram agredidas com frequência e 42 por cento foram vítimas de pelo menos um ou dois comportamentos agressivos.
Em Inglaterra, no que diz respeito ao “bullying”, Whitney (1992), citado por Veiga (2007), numa investigação junto de crianças e jovens, verificou-se que 14 por cento dos alunos do 1º ciclo e 37 por cento dos alunos do 2º e 3º ciclos afirmaram ter sido objecto de agressão por parte dos colegas. Nos EUA, os resultados de estudos efectuados mostram valores muito mais alarmantes. Hoover (1992), citado por Veiga (2007), refere que 81 por cento dos rapazes e 72 por cento das raparigas (principalmente agressão verbal) declararam ter sido vítimas de agressão. Ainda com objectivos informativos, terminaria para realçar que em vários países os alunos também têm sido vítimas de violência física e/ou psicológica por parte dos professores, acontecendo igualmente o inverso, porque a indisciplina e a violência são causadoras da principal causa do “stress” dos docentes.
Por Azancot de Menezes (in Jornal de Angola)

sábado, 27 de setembro de 2008

Vídeo da Semana (1)

Massacres em escolas na Finlândia 'podem estar ligados', diz polícia

Investigadores na Finlândia dizem que estão estudando uma possível ligação entre o massacre desta semana em uma escola técnica e outro, ocorrido há menos de um ano.

Na terça-feira, Matti Juhani Saari, de 22 anos, matou a tiros dez pessoas em Kauhajoki, antes de cometer suicídio.

Em novembro passado, Pekka-Eric Auvinen, de 18 anos, matou a tiros oito pessoas, antes de se matar, em Jokela.

Segundo investigadores, ambos compraram suas armas em Jokela, possivelmente na mesma loja. Pode ser ainda que tenham tido contato um com o outro.

"Suas ações aparecem tão similares que eu acharia um milagre se nós não encontrássemos algum elo de ligação", disse o investigador-chefe, Jari Neulaniemi, de acordo com a agência de notícias finaldesa STT.

Neulaniemi afirmou ainda que as licenças para posse de arma de Saari e Auvinen indicaram que os artefatos foram comprados na mesma loja em Jokela.

Os investigadores finlandeses se negaram a dar mais detalhes sobre o caso mas, de acordo com o jornal britânico Daily Telegraph, há temores de que o país pode estar enfrentando uma rede de potenciais assassinos em escolas ligados uns aos outros pela internet.

As novas informações se somam à lista crescente de similaridades entre os dois casos: ambos os homens colocaram vídeos ameaçadores no site YouTube antes dos ataques; ambos tinham um fascínio pelo massacre ocorrido em uma escola em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999 e voltaram as suas armas contra si mesmos no final.

Mas, até agora os investigadores não estabeleceram uma ligação direta entre os dois atiradores.

O ataque em Kauhajoki chocou a Finlândia, e o governo agora está estudando a hipótese de tornar mais rigorosas leis que regem a posse de armas que estão entre as mais liberais da Europa.

"Em termos de pistolas que podem ser transportadas facilmente, nós temos que pensar se elas devem ficar disponíveis para indivíduos privados. Na minha opinião, elas devem ser mantidas em estandes de tiro", disse o primeiro-ministro do país, Matti Vanhanen, na quarta-feira.

Embora a Finlândia tenha dito que iria estudar novas leis depois do ataque do ano passado em Jokela, nenhuma mudança foi feita e adolescentes com 15 anos ainda podem possuir armas.

O país tem uma longa tradição de caça e posse de armas. Uma pesquisa internacional de armas de pequeno porte em 2007 estimou que há um total de 2,9 milhões de armas de fogo para uma população de 5,2 milhões de pessoas.

Também deverá ser lançada uma investigação sobre como a polícia lidou com este mais recente incidente envolvendo armas de fogo e o papel na internet.

Saari foi interrogado pela polícia um dia antes do ataque mas não foi detido.

Vanhanen também disse que as autoridades deveriam examinar se há necessidade de mudanças no monitoramento da internet.

"Os fóruns na internet e no YouTube (...) não são um outro planeta. Isto é parte do nosso mundo e nós, adultos, temos a responsabilidade de checar o que está acontecendo, e criar fronteiras e segurança lá", disse ele.

in Globo

Educação/Plano Tecnológico: Videovigilância e alarme nas escolas dentro de mês e meio - coordenador



Lisboa, 26 Set (Lusa) - Os sistemas de vídeovigilância e alarme deverão chegar às 1.200 escolas do 2º e 3º ciclos do básico e secundárias dentro de "um mês e meio", revelou à agência Lusa o coordenador do Plano Tecnológico da Educação (PTE).

"Dentro de mês e meio os sistemas chegarão às escolas. O júri do concurso já elaborou o relatório preliminar, no qual expressa a vontade de adjudicação à ONI. Está a decorrer a fase de audiência prévia dos interessados, seguindo-se o relatório final. Foi necessário fazer vários esclarecimentos adicionais aos concorrentes. Se não fosse isso já tinha sido feita a adjudicação", explicou João Trocado da Mata.

Enquanto decorre este processo, 120 escolas já notificaram a Comissão Nacional de Protecção de Dados, procedimento obrigatório para a instalação daqueles equipamentos.

"Desenvolvemos um trabalho com a Comissão no sentido de facilitar e simplificar a notificação e aprovação deste processo. A muito breve prazo esperamos que todas as escolas notifiquem, já que é condição para a instalação destes sistemas", explicou.

As câmaras direccionadas para os pátios ou recreios exteriores e para espaços com concentração de equipamentos tecnológicos só estão ligadas fora do período de funcionamento da escola, lê-se no formulário que a Lusa consultou.

Durante a noite, o acesso ao sistema de videovigilância das escolas deverá ser realizado pelas autoridades policiais ou por uma empresa de segurança privada, contratada para esse efeito.
Em entrevista à Lusa, o coordenador do PTE revelou ainda que o Governo quer alargar para 100 o número de Academias Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), que vão reforçar e certificar as competências dos alunos.

Segundo João Trocado da Mata, "está a ser preparada a adesão de mais dez grandes empresas ao programa `Academias TIC`, entre as quais a Intel".

Em Junho foram assinados protocolos de colaboração para a abertura das primeiras "Academias TIC", com empresas como a Microsoft, a Oracle e a Cisco, que arrancam ainda este ano com 30 academias.

"A expectativa é que seja possível implementar até ao final deste ano lectivo 100 Academias TIC. Poderemos ter 15 ou 16 grandes empresas da economia do conhecimento com cada uma a constituir cinco ou seis academias", explicou o responsável.

A formação e certificação em TIC é um dos três eixos de actuação do PTE. O modelo de formação dos docentes já está "desenhado", começando até ao final do ano a formação de formadores e a partir de Janeiro a formação de professores.

"Será um modelo modular, sequencial e disciplinarmente orientado. Posso garantir que vamos cumprir a meta de ter 90 por cento dos professores formados e certificados em tecnologias da informação e comunicação em 2010", afirmou.

Em relação aos diversos concursos públicos internacionais lançados para apetrechamento das escolas, João Trocado da Mata indicou que a aquisição de 111 mil computadores já está em fase de adjudicação e que até ao final do ano "a esmagadora maioria" destes equipamentos já estarão nas escolas.

O objectivo é ter um rácio, durante este ano lectivo, de 1 equipamento por cada cinco alunos. Em 2010 será de 1 computador por cada dois estudantes.

Por outro lado, garantiu que as redes de área local, que permitirão aceder à internet a partir de qualquer ponto do estabelecimento de ensino já estão a ser implementadas e que o Centro de Apoio Tecnológico das Escolas arranca no ínicio de 2009.

O Plano Tecnológico da Educação representa um investimento de 400 milhões de euros e pretende colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados na modernização tecnológica dos estabelecimentos de ensino.

in Lusa, por Marco Lopes da Silva (texto) da Agência Lusa

Internet: Pais portugueses são os que menos conhecem o que fazem os filhos na internet - estudo europeu

Lisboa, 26 Set (Lusa) - Portugal é, a par da Polónia, o único em 21 países europeus onde os pais portugueses menos conhecem o que os seus filhos fazem on-line, segundo um estudo europeu a que a Lusa teve acesso.

O estudo comparado do Projecto Eu Kids Online, a apresentar sexta-feira no Luxemburgo, teve a participação de uma equipa portuguesa coordenada pela professora Cristina Ponte, da Universidade Nova de Lisboa.

A divulgação destes dados surge na semana em que o governo português distribuiu cerca de três mil computadores portáteis "Magalhães" a alunos do primeiro ciclo de Norte a Sul do país, com a garantia de que os equipamentos têm instalado um sistema que permite aos pais controlar sítios visitados pelos filhos.

Segundo o estudo, Portugal é também, a par da Polónia, o país onde as crianças e jovens portugueses utilizam mais as novas tecnologias do que os adultos, um dado que, segundo Cristina Ponte, revela uma necessidade urgente de formação tecnológica dos pais.

"Estes dados reclamam uma maior atenção das políticas públicas de promoção das tecnologias digitais, que forneçam informação para uso dos novos meios em segurança, nos lares, sob pena de se perpetuar o fosso digital entre gerações e entre crianças com diferentes recursos socioeconómicos", considera a investigadora.

Esta primeira tentativa sistemática de comparar resultados europeus sobre a experiência de crianças e jovens na Internet, financiada pela Comissão Europeia (Safer Internet Plus), permitiu também concluir que as crianças portuguesas acedem mais na escola do que em casa.

No entanto, a tendência é para o aumento do acesso em casa.

Estes dados reforçam resultados revelados por outros estudos recentes. O jornal Público divulgou um trabalho da investigadora Célia Quico, da Universidade Nova de Lisboa, onde era referido que os jovens portugueses já dão mais valor à Internet e ao telemóvel do que à televisão.

Segundo o estudo europeu do Projecto Eu Kids Online, os pais portugueses consideram que na Internet as crianças mais novas correm mais riscos do que as mais velhas e que as raparigas estão mais expostas a riscos do que os rapazes, uma percepção considerada pouco correcta, que "poderá decorrer de uma certa exclusão digital dos pais".

A pesquisa mostra que quanto maior é o acesso e o uso da Internet maiores são os riscos e as oportunidades. Ambos os sexos contactam com potencialidades e riscos na Internet.
A exclusão digital por parte dos pais em Portugal, que continuam a regular mais o contacto das crianças com a televisão do que com a Internet, está relacionada com a situação socioeconómica das famílias portuguesas, condicionada pela baixa escolaridade de mais de metade dos pais portugueses.

Nos países da Europa que participaram neste estudo (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Islândia, Itália, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Suécia), o uso da Internet aumenta com a idade, pelo menos até aos 12-15 anos, quando atinge o seu pico.

Este estudo internacional, liderado pela Professora Sonia Livingstone da London School of Economics, comparou mais de 250 estudos empíricos sobre a utilização da Internet e dos novos média por crianças e jovens até aos 18 anos em 19 países da União Europeia (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Suécia e Reino Unido) e em dois outros países fora desse espaço (Noruega e Islândia).

Foram caracterizados, para cada país participante, os acessos e usos do on-line por crianças e jovens (até 18 anos) e o ambiente nacional quanto à penetração e regulação dos média, os discursos públicos dominantes, as características do sistema educativo, a existência de uma educação para os média e as atitudes e valores culturais em geral e sobre as crianças em particular.

A comparação dos 21 países incidiu ainda sobre a mediação dos pais, indicadores como a idade e sexo da criança, a situação socioeconómica das famílias, as intervenções de professores e de pares.

Os dados comparativos sobre o uso da Internet por crianças, a percepção do risco e a mediação parental permitiram à equipa do EU Kids Online traçar uma paisagem europeia a diferentes velocidades quanto às diferentes posições de crianças e adolescentes em relação ao acesso e aos riscos e oportunidades on-line.

GC.
in Lusa

Pancada junto a escola faz 5 feridos

2008-09-25
JOSÉ VINHA


Um aluno da EB 2, 3 de Caíde de Rei (Lousada) foi agredido, na terça-feira, na escola, por cinco estudantes que ali frequentam os Cursos de Educação e Formação. Esta quarta-feira, familiares ter-se-ão vingado. Resultado: cinco feridos.

Ao que o JN apurou tudo começou por um caso típico de "bullying", termo de origem inglesa que tem sido utilizado para designar agressões que ocorrem entre jovens, em que há abuso de alguém mais forte para com alguém mais fraco, ou o abuso de um grupo sobre uma vítima indefesa. Terá sido isso que aconteceu, anteontem à tarde, com um aluno de 16 anos, a frequentar o 9º ano. Cerca das 16 horas, o grupo de cinco estudantes do CEF (dois com 15 anos, dois com 16 anos e um com 17) abordou a vítima e, sem qualquer motivo aparente, começou a agredi-la.

A vítima chegou a casa e contou o sucedido aos pais, sendo alertados uns familiares de Penafiel que, ontem de manhã, decidiram fazer uma espera aos estudantes do CEF. Cerca das oito horas, quando o autocarro chegava junto da escola, onde saíram os cinco alunos do CEF, os familiares da vítima "ajustaram contas".

A confusão instalou-se e um funcionário da escola fechou o portão para evitar que a contenda se alastrasse ao interior do estabelecimento de ensino. A pancadaria causou o pânico no exterior. Os cinco estudantes, que foram transferidos para o hospital de Penafiel com escoriações no rosto, nos braços e nas costas, tiveram alta ao final da manhã.

António Miranda, do Conselho Executivo da EB 2,3 de Caíde de Rei, explicou, ao JN, que foi instaurado um processo de averiguações e nomeado um instrutor do processo para apurar em que circunstâncias ocorreu o caso de "bullying" no dia anterior, uma vez que as agressões ocorreram dentro da escola. Assegura, no entanto, que não tem havido este tipo de violência na escola.

Sobre as agressões no exterior, envolvendo familiares do aluno, a GNR de Lousada já procedeu à investigação.

A escola E,B 2,3 de Caíde de Rei, em Lousada, tem 800 alunos, número considerado elevado para a capacidade normal das instalações e para o número de funcionários ali colocados.

Ali convivem alunos do ensino básico e estudantes dos CEF, cursos técnicos que visam o aumento da qualificação escolar e a aquisição de competências para jovens com mais de 15 anos, em risco de abandono escolar ou que periodicamente abandonaram a escola, antes da conclusão da escolaridade de 12 anos.

in Jornal de Notícias

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Esmgasegura - "Mais vale prevenir do que remediar..."

-Não tragas para a Escola objectos de grande valor, sobretudo quando estes não são necessários para as actividades escolares (elevadas quantias de dinheiro, telemóveis, jóias, consolas de jogos… )

-Não deixes objectos de valor dentro da tua mochila.

-Nunca abandones a tua mochila, casaco ou outros bens em locais não vigiados.

-Sempre que detectares a presença de pessoas estranhas dentro do recinto escolar avisa imediatamente o funcionário ou professor.

-Qualquer outra situação suspeita ou anormal que detectes, mesmo que seja nas imediações da Escola, deverá ser comunicada.

-Lembra-te que também podes contar com a colaboração dos agentes da PSP no âmbito do projecto Escola Segura.

Obras na Escola - Cuidados a ter pelos alunos

- Respeita a sinalização existente

- Evita passar sob objectos suspensos de gruas ou de equipamentos que tenham necessidade de serem manuseados sob as zonas de recreio, devendo escolher percursos alternativos.

- Evita a aproximação de locais com risco perceptível de queda de objectos ou projecção de partículas.

- Não toques em máquinas em funcionamento

- Não toques em cabos ou ferramentas que possam estar ligadas à electricidade

- Não toques em materiais desconhecidos, pois podem ser tóxicos ou corrosivos

- Não produzas qualquer chama ou faísca junto de produtos facilmente inflamáveis e das vedações do estaleiro

- Não danifiques as vedações que separam a zona de obras das restantes zonas da escola e alerta para alguma deficiência ou dano nas mesmas

- Não danifiques os elementos de sinalização e os painéis informativos sobre segurança e alerta para alguma deficiência ou dano nas mesmas

- Não te aproximes dos camiões ou outros veículos que estejam a entrar ou sair da zona da obra

Obras de Remodelação da Escola

O Programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário, aprovado pelo Governo, tem como principais objectivos interromper o ciclo de degradação de alguns estabelecimentos escolares do ensino secundário, corrigindo os problemas de construção existentes e melhorando as condições de adaptabilidade, segurança e acessibilidade.
O programa pretende proceder a uma efectiva reabilitação das instalações escolares, promovendo a sua modernização, de forma a dar resposta aos novos desafios que actualmente se colocam à escola.
A intenção é assegurar a adequação do espaço escolar, tendo em conta as exigências decorrentes da organização e dos currículos do ensino secundário, que implicam, nomeadamente, uma maior flexibilidade na oferta curricular, uma diversidade de práticas pedagógicas, o acesso a centros de recursos, o reforço do ensino experimental de ciência e tecnologia, e a utilização de tecnologias de informação e comunicação (TIC).
O programa prevê, ainda, a abertura da escola à comunidade, a existência de espaços seguros, acessíveis e inclusivos para pessoas com deficiência, contemplando igualmente soluções duradouras, ao nível da construção, de modo a reduzir os custos de gestão e de manutenção.