domingo, 28 de setembro de 2008

Tiroteio em escola improvável na Região

A Madeira não tem, em concreto, potenciais casos que possam levar a uma situação como a que aconteceu, recentemente, numa escola da Finlândia, onde um jovem atirou a matar, vitimando 10 alunos, e suicidou-se depois. Mas as forças de segurança estão preparadas e têm a noção de qual será a melhor forma de reagir e minimizar os impactos de uma situação semelhante.

A garantia foi deixada ontem aos jornalistas pelo Comandante da Polícia de Segurança Pública da Madeira à margem de um simulacro realizado na Escola Secundária Jaime Moniz. Uma iniciativa preparada muito antes do que aconteceu na Finlândia e onde qualquer semelhança é pura coincidência. Ainda assim, e quando confrontado pelos jornalistas com o caso em questão, Pereira Lucas disse que o facto de não haver acções de prevenção a esse nível é porque ainda não foram identificadas situações de risco.

A PSP e não só, estão, contudo, atentas a este tipo de situações que, como aconteceu na Finlândia, também pode vir a acontecer num local qualquer do Mundo. «Uma situação como aconteceu naquela escola deriva de um conjunto de factores que podem propiciar. A Polícia faz sistemáticamente análises de risco e que visam verificar se os factores se conjugam. As análises de risco que temos não indicam situações dessas...», frisou.

Quanto ao simulacro que ontem decorreu na Escola Secundária Jaime Moniz, refira-se que o cenário fictício iniciou-se com uma chamada telefónica do Conselho Executivo de que um docente de um estabelecimento de ensino da cidade do Funchal tinha sido sequestrado por um ex-aluno, o qual é caracterizado como sendo problemático e com problemas ao nível do foro psicológico. Ao mesmo tempo, ocorria outra situação em que o aluno foi vítima de um furto realizado por um indivíduo sobejamente conhecido nos meandros do crime.

No cenário, foram utilizados alguns estudantes da Jaime Moniz que receberam todas as indicações sobre o que fazer perante este cenário levado a cabo pela equipa da Escola Segura da Esquadra do Funchal que recorreu às várias valências policiais que o Comando Regional da PSP dispõe, nomeadamente a Brigada de Intervenção Rápida, as Equipas de Inactivação de Engenhos e Explosivos e Subsolo, o carro patrulha e as equipas velocipédicas.

Pereira Lucas explicou que a iniciativa integrou-se no âmbito das iniciativas levadas a cabo no início do ano lectivo. «O que se pretende é uma maior parceria com a comunidade escolar», referiu o comandante da PSP-Madeira que adiantou que a força policial que representa desenvolve acções em parceria com as escolas para que sejam transmitidas várias informações relacionadas com as actividades realizadas pela PSP.

Por Carla Ribeiro (in Jornal da Madeira)

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