sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O fim dos 'valentões' - Jornal de Letras / Educação 20-12-2006

«Tratar os outros da mesma forma que queremos ser tratados». Esta é a regra de ouro que o professor norte-americano Allan Beane, 56 anos, doutorado em Filosofia e Educação e consultor em Educação, pretende incutir aos alunos, pais e professores com que tem trabalhado nos últimos 30 anos.
A violência nas escolas é o tema que o trouxe a Portugal. É autor do livro A Sala de Aula Sem Bullying , publicado nos Estados Unidos em 1999 e agora em Portugal, pela Porto Editora, um guia estratégico, especialmente dirigido aos professores do 1º, 2° e 3° Ciclos do Ensino Básico, com o objectivo de pôr termo à violência praticada por alunos nas escolas.
Traduzido à letra para o português, um bully é um valentão, um agressor, alguém que escolhe as suas vítimas para intencionalmente lhes provocar dor. Nos Estados Unidos, uma em cada sete crianças que frequentam as escolas são bullies ou vítimas. Esta realidade não se compara à portuguesa, mas existem suficientes casos relatados em jornais, nas conversas, reuniões entre pais, alunos e professores para que esta preocupação tenha um fundamento. Muitas vezes silenciadas pelo medo do agressor as vítimas nem sempre pedem ajuda.
Os adultos que as acompanham nem sempre se apercebem da dor que estas situações provocam até que as consequências denunciem esta realidade.Nos casos mais extremos o suicídio foi a única solução que as vítimas encontraram para se livrarem de repetidos maus-tratos. A auto-mutilação, o stress pós-traumático, o medo de frequentar uma sala de aula manifestam-se sobretudo num fraco aproveitamento escolar, abandono escolar, em consequências do foro psicológico que comprometem o desenvolvimento e o futuro das crianças. Com apenas 23 anos, o filho de Allan Beane faleceu.
A violência e os maus-tratos de que foi vítima nas escolas foram factores decisivos para a forma com a sua vida encontrou um fim. A vida e a morte deste jovem inspirou o pai a escrever o seu primeiro livro, A Sala de Aula sem Bullying e a desenvolver o programa Bully Free Programe, ao qual, nos últimos dois anos, se tem dedicado inteiramente. A escola é um lugar que privilegia a segurança e o desenvolvimento intelectual, não o medo e a violência.
Este é o propósito de Allan Beane: «Não quero que mais crianças sofram por causa deste problema».
Jornal de Letras: Como acompanhou o caso do liceu Columbine, em 1999 onde dois alunos disparam sobre vários colegas e professores com armas de fogo?
Allan Beane: tinham acontecido outros tiroteios noutras escolas.Nessa altura já tinha reconhecido um dado comum: muitos dos responsáveis por esses actos eram vítimas de maus tratos por parte de outros colegas. Enviei uma carta ao director desse liceu com essa informação. Recebi uma resposta isolada: «Agradecemos a informação...» Estava no Canadá quando aconteceu o massacre em Columbine. Passei toda a noite a acompanhar o caso, na televisão onde ouvi vários estudantes dizendo que iriam ter mais cuidado com a forma como tratavam os outros.Tornou-se óbvio que os autores dos disparos eram vítimas de bullying. Estudos revelam que 75% dos alunos que cometem este tipo de actos são vítimas. Este é um problema muito grave no nosso país.
- O que é o bullying?- É um comportamento repetitivo de um indivíduo ou de um grupo, em que há um balanço de poder. Os Bules têm a intenção de magoar física ou psicologicamente. Para decidir se uma criança está em situação de bullying é preciso averiguar se há intenção de provocar dor, se há alguém que está a ser magoado e se essa pessoa é repetidamente um alvo. Há miúdos que são mal tratados todos os dias, ou quase todos os dias. Também pode acontecer entre professores e alunos e entre professores. Há adultos dentro das escolas que também se mal tratam. É um comportamento hipócrita... dizer aos miúdos para obedecerem à regra de ouro e estar a quebrá-la. É importante que os adultos e as escolas sejam modelos dessa regra: a forma como tratamos os outros é a mesma como devemos ser tratados.
- Porque as crianças se tornam bullies?- Acredito que não foram disciplinadas em casa. Por isso não têm auto-controlo. Não lhes foi ensinado a estimar os outros. Por vezes sofreram vários abusos, então vão para a escola abusar de outros. Ou vêm o pai a bater na mãe e pensam que isso é uma coisa de homem.Há muitas outras razões. Muitas vezes os bullies pensam à partida que vão ser desrespeitados, por isso, não têm respeito pelos outros. Pensam mal acerca deles próprios e têm necessidade de o provar.Estão realmente revoltados e precisam de exprimir essa raiva. A razão porque há bulhes é porque o permitimos ou porque o ignoramos.
- Porque é que as vítimas o permitem?- Os bullies querem usar poder e controlo sobre alguém. Querem magoar. Se esse alguém é passível de ser magoado, então é uma vítima. Algumas características são a falta de auto-estima, falta de confiança, incapacidade de se defesa verbal ou uma estatura física pequena. Os bullies costumam fazer bully shopping: procuram crianças que possam magoar.
- É um comportamento que pode ser travado?- Podemos reduzi-lo. Alguns professores poderão eliminá-lo na sala de aula. É o que devemos tentar fazer. Tentar travá-lo completamente. É muito difícil conversar com crianças verdadeiramente agressivas. Isso não vai mudá-las. É preciso que haja consequências para os seus actos. Temos de as ensinar e de as envolver em situações de entre ajuda. Mas é muito difícil mudar um verdadeiro bully. A agressão é uma postura muito estável. Mas não é impossível. Tenho conhecimento de grandes resultados. No meu site, www.bullyfree. com, pode-se encontrar muita informação sobre casos de sucesso.Com o meu programa conseguimos aumentar a presença dos alunos nas aulas, reduzir casos de violência, suspensões e expulsões. E também aumentou o número de alunos que afirmam que vão passar a denunciar os bulhes.
- Pensa que há muita gente que lida com este problema através do silêncio?- Na maior parte das vezes quando as crianças tentam ignorar o problema ou escondê-lo, alguns adultos não compreendem o quão doloroso e perigoso pode ser. Ou muitas vezes o pensamento adoptado é: faz parte do crescimento, não há razão para preocupações... Há professores que não se querem envolver, porque têm de trabalhar mais, passar mais tempo com os alunos e com os pais. Infelizmente há professores que querem tornar o seu trabalho o mais fácil possível.
- Porque escreveu este livro?- Quando o meu filho experimentou este problema, pensei em como poderia ajudar, como poderia reduzir este tipo de violência. Comecei a desenvolver ideias, a delinear estratégias, fiz pesquisa em psicologia social e comecei a falar com professores sobre este problema.Começámos a ter ideias e a testá-las. Escrevi o livro baseado em experiências, testes, com muito pensamento criativo, tentando trazer tópicos exteriores ao campo da Educação para dentro dele.
- Quem é o alvo principal?- Professores e directores de escolas. Há materiais no livro que os professores podem enviar para os pais. Tenho outros livros indicados especificamente para pais e para crianças, mas em Portugal ainda só foi publicado este livro.
- O que o fez publicar este livro em Portugal?- O professor Luís Miranda Correia [director do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho] ouviu falar sobre o livro e considerou-o de grande utilidade. Foi ele que fez a proposta à editora.
- De que forma tem acompanhado a realidade portuguesa do Ensino e da violência nas escolas?- Não conheço essa realidade. Mas hoje, numa conversa com 17 alunos de um liceu em Lisboa, dois deles admitiram serem vítimas de bullying. Não sei qual é a percentagem em Portugal, mas sei que é um problema que existe em todo o lado.
- Há um perfil de escola em que este problema seja mais frequente?- Há estudos a ser feitos sobre violência em escolas. Revelam que a pouca de supervisão de adultos e a falta de disciplina pode trazer problemas. O mesmo acontece quando a administração das instituições não apoia suficientemente os professores ou quando, no que respeita os alunos, não existem consequências para os seus actos.
- Gostaria de deixar alguns conselhos para que lida com este tipo de violência?- Aos professores: não tolerem este comportamento. Aprendam o máximo que possam e façam tudo o que puderem para travar o bullying. Os pais também precisam de aprender sobre este problema e dizer aos filhos que não toleram este tipo de situações. Disciplinem os filhos, ensinem-nos a ser amáveis com a pessoas, a dar importância aos sentimentos e que não devemos magoar os sentimentos dos outros. Somos todos diferentes, mas todos temos a mesma capacidade para sentir. Aos bullies: parem com isso! Se têm algum problema, peçam ajuda. O respeito pelos outros pode abrir uma infinidade de portas e aumenta seguramente a possibilidade de se ser uma excelente pessoa e de ir muito mais longe na vida. Os bullies terão certamente uma vida muito infeliz. Vão perder com frequência o emprego por desrespeitarem os outros, vão provavelmente ter um cadastro criminal... Deixem que os ajudem a mudar.
- Já foi vítima de bullying?- Não. A minha infância foi muito boa. Havia um miúdo no meu bairro que me bateu muitas vezes, mas também jogámos muito basquetebol e dávamo-nos bem. Ele tinha aspecto de bully e às vezes agia como um, mas não tentava ser mau todos os dias. Eu gosto dele. Ainda penso nele como um amigo. Acho que ele tinha ciúmes. Eu jogava melhor do que ele...

Empresa privada contratada para reforçar segurança em escola de Beja

A Direcção Regional de Educação do Alentejo (DREA) decidiu contratar os serviços de uma empresa privada para reforçar a segurança na escola EB 2,3 Santa Maria, em Beja, depois de o conselho executivo da escola ter apresentado demissão perante a sucessão de episódios de violência no estabelecimento.
Além do “reforço imediato do policiamento exterior”, através de agentes do programa Escola Segura da PSP, “vão ser contratualizados os serviços de uma empresa de segurança privada” para “vigiar o interior da escola”, adiantou à Lusa, José Lopes Verdasca, director regional de educação.
A contratualização dos serviços de segurança privada, que “deverá demorar duas a três semanas”, vai incluir a presença de vigilantes no interior da escola e a instalação de um sistema de videovigilância, acrescentou o responsável.Segundo José Lopes Verdasca, o acesso à escola “já está a ser controlado” para “disciplinar a entrada de pessoas exteriores”, que “foram responsáveis por alguns dos casos de violência mais complicados”.
Questionado sobre o carácter de excepção das medidas adoptadas, o director explicou que as alterações agora decididas “vão permitir, a curto prazo, reforçar a segurança da escola e evitar casos de violência”.
Conselho executivo demissionário
Estas medidas foram decididas após uma reunião com o conselho executivo demissionário, professores e funcionários da Escola Básica 2,3 de Santa Maria e uma outra com a associação de pais da escola.
Salientando que “cerca de 70 por cento” dos alunos da escola “são subsidiados” e oriundos de bairros sociais desfavorecidos, José Lopes Verdasca defendeu ainda que, a médio prazo, “é preciso reorganizar a rede escolar de Beja, para evitar a concentração de alunos problemáticos numa só escola e permitir a sua distribuição equilibrada por várias escolas” da cidade.
Por seu lado, Domingas Velez, presidente do conselho executivo da cidade, disse estar “satisfeita” com as medidas adoptadas, que considerou “absolutamente necessárias para evitar casos de violência e normalizar o dia-a-dia da escola”.
Na sexta-feira, o conselho executivo demitiu-se em bloco, dizendo-se “saturado” com os “constantes” casos de violência no estabelecimento de ensino. “Apresentámos a demissão porque estamos cansados e saturados com vários casos de violência na escola, que deixaram de ser pontuais e passaram a ser frequentes”, explicou.
Além de agressões entre alunos, Domingas Velez queixou-se sobretudo de “casos de agressões, a maioria verbais, mas também físicas, a funcionários e professores por parte de elementos exteriores à escola”, como pais e encarregados de educação. A professora deu ainda conta de casos de agressões de pais a alunos e a outros encarregados de educação no interior da escola.
In Público

sábado, 25 de outubro de 2008

Vídeo da Semana (3) - 2ª Parte

PSP deteve 24 pessoas por tráfico de estupefacientes junto a estabelecimentos de ensino no arranque do ano lectivo

A PSP deteve 24 pessoas por tráfico de estupefacientes junto a áreas escolares, no início das aulas, e levantou 33 autos a estabelecimentos por venda de bebidas alcoólicas a menores de 16 anos, informou hoje aquela polícia.

De acordo com o relatório da "Operação Escola Segura - Abertura Ano Lectivo 2008/2009", hoje divulgado, foram detidas no total 238 pessoas, 57 por mandado de detenção, 24 por tráfico de estupefacientes, 59 por condução com excesso de álcool, 74 por falta de habilitação legal para conduzir, oito por desobediência ou agressão a agentes e uma por posse de arma ilegal.

No total foram fiscalizadas 43.097 viaturas, tendo-se verificado 774 infracções por excesso de velocidade e 502 por não utilização de cinto de segurança.

Na sequência de fiscalizações a estabelcimentos nas imediações de escolas foram levantados 33 autos por venda de bebidas alcoólicas a menores de 16 anos e uma por venda de tabaco a jovens da mesma idade. Oitenta pessoas foram ainda identificadas por consumo de estupefacientes.

Estiveram envolvidos nestas operações, que decorreram entre 15 de Setembro e 17 de Outubro, 6.547 elementos policiais e 2.813 viaturas, motociclos e ciclomotores.

Participaram em acções de sensibilização e demonstração quase 40 mil alunos, cerca de 1.500 professores e mais de 7.000 encarregados de educação.

in Agência Lusa

sábado, 11 de outubro de 2008

Jovens navegam na web sem limites


SÃO PAULO – Pesquisa da ONG SaferNET revela que 87% dos jovens usam a internet sem restrições.


A SaferNET concluiu que a maioria dos pais (63%) não impõe regras de uso da internet pelos filhos. A maioria dos jovens (77%) fica o tempo que quiser navegando na web – e a maioria (55%) dos pais acham que os filhos ficam tempo demais conectados. Entre os jovens entrevistados, 47% ficam mais de 4 horas navegando por dia. E muitos dos participantes de até 18 anos reconhecem que ficam tempo demais conectados à web (55%).

De acordo com a pesquisa, 53% tiveram contato com conteúdos agressivos e que consideravam impróprios para a idade. Dos jovens que participaram da pesquisa, 38% relatou ter sido vítima de cyberbullying (ameaça virtual) e 10% afirmou ter sofrido algum tipo de chantagem online.


Apesar disso, o estudo revelou que 40% dos jovens se sentem seguros e que podem se defender de qualquer ameaça na web. Por outro lado, 53% dos pais disseram que nunca sentem que seus filhos estão seguros navegando na internet e 40% dos pais informaram que seus filhos já expressaram incômodo ou constrangimento em relação ao que vivenciaram na internet.


Em relação às preferências do internauta jovem, 80% disseram que gostam de navegar em sites de relacionamento e 72% usa comunicadores instantâneo. E eles se expõe bastante: 72% publicam fotos na web, 52% divulgam o nome e sobrenome e 21% fornecem o nome da escola e/ou clube que freqüentam.


A pesquisa contou com a participação de 1400 crianças, jovens e pais de todo o País: 875 eram crianças e jovens menores de 18 anos e 251 eram adultos com filhos.


Em parceria com o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP), a ONG SaferNET é responsável pela Central Nacional de Denúncia de Crimes Cibernéticos. Mais informações no endereço http://www.safernet.org.br/.


in Info Plantão

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

CONFAP apela aos pais para participação mais activa na vida das escolas

"Na escola como em casa, há um lugar que é dos pais" é uma das mensagens da campanha que a CONFAP vai lançar para apelar aos encarregados de educação a uma participação mais activa na vida escolar dos filhos.
A campanha, que foi ontem apresentada no Museu da Electricidade, em Lisboa, conta com o apoio do Ministério da Educação, mas ainda não tem data prevista para arrancar, já que a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) ainda se encontra à procura de apoios e parceiros.Na cerimónia, a ministra da Educação lembrou que há 30 anos os pais estavam proibidos de participar na vida das escolas, mas que hoje "o paradigma é o oposto", já que há nos estabelecimentos de ensino "um espaço" para os encarregados de educação."É uma campanha importante porque permite chamar a atenção dos pais e da sociedade civil para a convergência de dois interesses: o interesse dos pais em participar na vida da escola e o interesse da escola em contar com o apoio e a participação dos pais. São dois caminhos que se cruzam", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.
Sublinhando que durante anos os pais "viveram de costas voltadas para as escolas", a titular da pasta da Educação sublinhou que hoje os pais devem ter uma participação "qualificada, activa e consequente" na vida das escolas".Para acabar com a ideia de que o que se passa para lá do portão não diz respeito aos pais, a campanha da CONFAP inclui folhetos e desdobráveis, "outdoors", e "spots" publicitários. A lógica é apelar a uma presença mais activa na vida escolar dos filhos."
Com os pais na escola todos vão poder aprender mais", "A escola faz-se com todos", "Na escola como em casa há um lugar que é dos pais" são algumas das mensagens que serão transmitidas durante a campanha, que alerta ainda para os verbos "estimular", "participar" e "apoiar", responsabilidades que os pais são convidados a assumir de forma "mais activa"."Muitas escolas que eram problemáticas há uns anos atrás saíram dos seus muros e envolveram as comunidades, sobretudo os pais. São hoje escolas que podem ser apontados como exemplo de como passar das dificuldades à normalidade. Esse é o nosso objectivo final: ter pais mais conscientes", afirmou Albino Almeida.
Questionado sobre o arranque da campanha e a verba necessária para o seu lançamento, o responsável adiantou apenas que para já está prevista a distribuição dos desdobráveis, já que esses serão produzidos pelos serviços do Ministério da Educação."Podia adiantar números e no dia seguinte dizer que afinal não custou nada. Acreditamos que entre um limite e o outro vamos encontrar as soluções que vão pôr a campanha de pé. Só não posso falar de timings certos. As empresas não vão deixar de exercer a sua responsabilidade social", afirmou.A campanha foi simbolicamente apresentada na primeira terça-feira de Outubro, dia em que a CONFAP pretende voltar a assinalar anualmente o "Dia da Escola e dos Pais".Quatro horas por mês para pais acompanharem vida escolar dos filhos.
A revisão do Código do Trabalho deverá garantir aos pais um crédito de quatro horas por filho e por mês para acompanharem melhor a vida escolar dos seus filhos.A CONFAP entregou este ano na Assembleia da República uma petição na qual solicitava ao Governo que legislasse no sentido de atribuir aos pais direitos laborais que assegurem a sua participação na educação dos filhos.De acordo com Albino Almeida, a proposta foi acolhida pela Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública, no âmbito da revisão do Código do Trabalho."O princípio que está na petição mereceu a concordância de todos os intervenientes na revisão do Código do Trabalho, portanto dos partidos com assento parlamentar", garantiu.Actualmente, o Código do Trabalho estipula como faltas justificadas "as ausências não superiores a quatro horas e só pelo tempo estritamente necessário, justificadas pelo responsável pela educação do menor, uma vez por trimestre, para deslocação à escola tendo em vista inteirar-se sobre a situação educativa do filho".
in Lusa

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Relatório ignora 'bullying' nas escolas

A Comissão parlamentar de Educação e Ciência apresentou ontem um documento sobre segurança escolar, onde, entre o conjunto de medidas apresentadas, não se faz referência a um fenómeno que afecta parte significativa dos alunos portugueses.
O relatório sobre violência e segurança escolar, apresentado ontem na Comissão parlamentar de Educação e Ciência, deixou de fora o fenómeno do bullying - a intimidação constante de alunos por parte de colegas, que, segundo estudos, atinge um em cada cinco crianças das escolas básicas portuguesas. O documento redigido pela deputada socialista Fernanda Asseiceira também não contempla algumas recomendações deixadas na Assembleia da República pelo procurador-geral da República para responsabilizar os jovens.
Os dados apontados no relatório referem que dos 3533 actos de violência denunciados nas escolas portugueses no ano lectivo 2006/2007, a maioria diz respeito a acções contra pessoas e bens. Ainda segundo o estudo, um quinto das situações registadas diz respeito a furtos, mas mais de 90 por cento das escolas nacionais não registou qualquer ocorrência. Ou seja, para estes números de violência escolar não contribuem situações como insultos ou exclusões de jogos. Violência psicológica que um estudo do ano passado das universidades do Minho, Porto e Técnica de Lisboa demonstra afectar um em cada cinco alunos entre os 10 e os 12 anos.
Face a esta ausência, o Partido Social Democrata considera que o documento A Segurança nas Escolas desvaloriza os dados do bullying para dar "um tom mais azul" ao relatório. "Esta é uma questão que tem merecido amplo debate e que preocupa especialista internacionais, mas que não é abordada nas conclusões ou sequer no relatório", critica o deputado social democrata Fernando Antunes.
O presidente da Associação Nacional de Professores, que lançou uma linha de emergência para denunciar casos de bullying, admite ao DN que seria importante o fenómeno vir identificado no relatório. "Isto porque está comprovado que este tipo de violência interfere na segurança no espaço escolar", defende João Grancho, que recorda que o "próprio Observatório da Segurança Escolar não se debruça muito sobre este fenómeno".
O DN tentou contactar o presidente deste órgão, João Sebastião, o que se revelou impossível até ao fecho da edição. Mas esta não é a única falha apontada ao estudo compilado por Fernanda Asseiceira. João Paulo Carvalho do CDS-PP lembra que o relatório "não faz referência ao combate à sensação de impunidade dos alunos referida pelo PGR na comissão de Educação", mesmo que as conclusões contemplem a ideia de tolerância zero em relação à violência, defendida por Pinto Monteiro.
Quanto aos pontos positivos do relatório, João Grancho elogia a criação de uma "Linha SOS Segurança nas Escolas", para apoio pedagógico, psicológico ou jurídico a alunos, professores, auxiliares, pais e outros responsáveis educativos. "Estas linhas são importantes para desvendar situações de violência, embora falte perceber se ela vai ser nacional, da responsabilidade do Ministério da Educação, ou apenas escola-a-escola."
Entre as principias medidas que o documento defende para combater a violência escolar, destacam-se ainda a implementação de sistemas de videovigilância, do cartão electrónico, que evita a circulação de dinheiro nas escolas, o reforço do programa Escola Segura, projectos desportivos e de lazer ou o trabalho junto das autarquias. A redactora do relatório garante que a estas conclusões se podem juntar outras que resultem das propostas dos outros grupos parlamentares, a apresentar nos próximos 15 dias. A votação do documento decorrerá no final do mês, embora a sua aprovação esteja praticamente assegurada, com o votos do PS, PSD e CDS-PP. Depois disso, será enviado ao Presidente da República, ministérios e entidades envolvidas na matéria da violência escolar.
In Jornal de Notícias (por Pedro Vilela Coutinho)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Jovens escondem casos de ciberbullying

A Universidade da Califórnia apurou que três em cada quatro adolescentes são vítimas de bullying na Internet. O número é agravado quando se percebe que apenas um em cada dez jovens reporta o incidente aos pais ou a outro adulto.
A análise, que envolveu o inquérito a jovens dos 12 aos 17 anos, mostra ainda que, no último ano, 41 por cento dos entrevistados foram vítimas de ameaças entre uma a três vezes. Cerca de 13 por cento admite ter sido vítima de bullying entre quatro a seis vezes e 19 por cento admite já ter sido abusado mais de sete vezes.
Os motivos que levam os adolescentes a negar ou a esconder dos pais que já tiveram algum tipo de incidente desta natureza prendem-se essencialmente com dois factores: a necessidade de se afirmarem e de aprenderem " a lidar sozinhos com a situação" e o medo. Isto porque temem que os pais lhes cortem o acesso à Internet uma vez que não entendem "a importância que a rede tem nas suas relações sociais".
Dados os resultados, os conselhos dos especialistas apelam essencialmente ao diálogo entre pais e filhos e lembram que a necessidade de alertar os mais novos para os perigos e de os colocar à vontade para exporem os incidentes é tão importante quanto a percepção de que o corte total à Internet é prejudicial às relações entre os mais novos. Em causa está o posicionamento vital que a rede assumiu na vida social dos adolescentes.

Relatório do Parlamento sugere criação de Linha SOS Segurança nas Escolas

Um relatório da Assembleia da República sugere a criação de uma "Linha SOS Segurança nas Escolas", para apoio pedagógico, psicológico ou jurídico a alunos, professores, auxiliares, pais e outros responsáveis educativos.

Segundo o documento "A Segurança nas Escolas", que é hoje apresentado na Comissão de Educação, aquela hipótese deve ser equacionada tendo em conta "a diversidade de contextos escolares e a existência de alguns casos que nem sempre são detectados e que há agressões em que as vítimas podem esconder as situações, por vergonha ou por medo".

Considerando "positiva" a criação de um "responsável de segurança" nas escolas sede de agrupamento, tal como tinha sido sugerido pela comissão no ano passado, num relatório sobre Violência nas Escolas, é agora recomendada a existência de uma "rede de colaboradores", tendo em conta "a dimensão, características geográficas e sociais" dos agrupamentos, que reportaria àquele responsável.

Por outro lado, o relatório sugere ainda que a implementação do módulo curricular não disciplinar "Cidadania e Segurança" com carácter obrigatório no 5º ano "pode servir" de referência para o seu alargamento ao 1º e 3º ciclos do básico e ao ensino secundário, com as necessárias adaptações curriculares.

Segundo o documento, redigido pela deputada do PS Fernanda Asseiceira, a formação de professores inicial e contínua precisa de integrar planos de formação que preparem para a gestão e mediação de conflitos, para a diversidade e multiculturalidade.

"As competências pedagógicas dos professores ultrapassam, cada vez mais, apenas a dimensão dos conteúdos", lê-se.

Por outro lado, o relatório alerta para o facto de os recursos não serem iguais em todas as escolas, "o que reforça a orientação de responder a diferentes contextos, apresentados por cada escola, no âmbito da sua autonomia através da correspondente contratualização".

Em relação à actual Rede Nacional de Centros Educativos, gerida pela Direcção Geral de Reinserção Social (Ministério da Justiça) e responsável pela concretização das medidas de internamento e detenção previstas na Lei Tutelar Educativa, o relatório sugere "uma maior articulação" com o Ministério da Educação.

Na sequência deste relatório, a Comissão de Educação vai "diligenciar" o agendamento da apreciação em plenário de um projecto de resolução que "recomenda ao Governo a adopção de medidas, que visem contribuir para melhorar a resposta das escolas e da sociedade na prevenção de comportamentos de risco, proporcionando ambientes mais seguros e promovendo o sucesso escolar para todos os alunos".

Por outro lado, a Comissão vai promover a organização de uma sessão pública na Assembleia da República para apresentação de exemplos de boas práticas pelas escolas.
Será ainda promovido um fórum on-line na Internet, através da página da Assembleia da República, relativa a esta temática.

O relatório será remetido ao presidente da Assembleia da República, à ministra da Educação, ao ministro dos Assuntos Parlamentares, ao ministro da Administração Interna, ao ministro da Justiça e ao procurador-geral da República, entre outros.
in Agência Lusa

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Educação: Campanha nacional para mobilizar sociedade assinala Dia dos Pais e Escolas

O Dia dos Pais e Escolas, que se assinala terça-feira, será marcado pela apresentação de uma campanha nacional com o objectivo de mobilizar toda a sociedade para a participação na vida da escola.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Albino Almeida, avançou hoje que a campanha vai prolongar-se pelo ano lectivo, num conjunto de acções a iniciar-se com a distribuição de desdobráveis e folhetos.

Com esta campanha, a CONFAP pretende "voltar a colocar na agenda a comemoração" do Dia dos Pais e Escolas, em Outubro.

Numa altura em que sucedem várias situações de violência nas escolas, Albino Almeida faz questão de frisar que esta campanha não se limita a chamar a atenção para este fenómeno, e "será feita pela positiva".

Acerca deste assunto, o representante dos pais referiu que as escolas "têm os problemas das comunidades onde se inserem", mas defende que devem ser "o exemplo de solidariedade, fraternidade e convivência social a ser repetido na sociedade".

Os desdobráveis e folhetos integrados na campanha vão chegar a todas as escolas e associações de pais, incluindo na Madeira e Açores, garantiu Albino Almeida, acrescentando que o Ministério da Educação apoiou a produção desta informação.

"Vamos fazer um apelo à sociedade civil e às empresas para colaborarem na campanha" e, neste momento, a iniciativa já conta também a ajuda de várias entidades privadas, referiu Albino Almeida, escusando-se a especificar quais, com excepção para a Fundação EDP.

É que a campanha será apresentada no Museu da Electricidade, em Lisboa.

Por outro lado, o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, irá participar na campanha, através de uma acção "ainda sem data marcada", acrescentou Albino Almeida.

Para o futuro, a Confederação espera conseguir "outras parcerias e envolvências" pois para "coisas importantes haverá sempre apoios, nomeadamente financeiros", referiu o seu presidente.
Entre as iniciativas que a CONFAP pretende desenvolver no âmbito desta campanha, conta-se a intenção de "trazer a Portugal experiências de outros países, através dos seus protagonistas, sejam da área política, autarcas ou pais".

O objectivo da campanha, que vem "responder ao desafio lançado pelo Presidente da República, há cerca de um ano", é chamar a atenção dos pais para a importância da sua presença nas escolas.

"Queremos mobilizar toda a sociedade e os pais em especial para a participação na vida da escola", salientou o presidente da CONFAP.

Albino Almeida exemplifica com situações em que, quando os pais passaram a estar presentes em algumas "escolas problemáticas, estas deixaram de o ser".

Aliás, "existem já parcerias entre empresas e comunidades locais que levaram a solucionar problemas de disciplina e violência em escolas", insistiu.

Nos primeiros seis meses deste ano foram apresentadas 57 queixas por violência nas escolas no distrito judicial de Lisboa, das quais 21 ocorreram no círculo de Almada.

Por outro lado, os crimes de ofensa à integridade física no exterior das escolas aumentaram 40 por cento no último ano lectivo, ultrapassando os roubos e furtos. Contabilizadas todas as ocorrências, só a PSP registou cerca de 3.000 crimes.
in Agência Lusa

sábado, 4 de outubro de 2008

Instituição divulga dados globais sobre violência contra a criança

Na próxima terça-feira (07), um relatório mundial lançado na internet revelará a atual situação dos índices em relação às principais formas de violência praticadas contra as crianças em diversos países.

Os dados foram colhidos pela Plan, uma organização internacional de desenvolvimento, e vão integrar o lançamento da campanha Aprender Sem Medo. O objetivo é promover uma mobilização global em função do combate à violência nas escolas. Para tanto, a instituição conta a colaboração de parceiros nacionais e internacionais comprometidos com os direitos da criança.

A pesquisa vem confirmar por meio de estatísticas uma dura realidade; a de que nenhum país está imune à violência praticada contra pequenos cidadãos. Entre as principais modalidades de prejuízo bruto à infância, estão o castigo corporal, a violência sexual e recém divulgado bullying, que consiste na adoção de métodos opressivos de comportamento em ambiente de convivência escolar.

Em pelo menos 60 países, aproximadamente 1,5 milhão de crianças e adolescentes participam dos programas da Plan. A instituição existe há 71 anos e funciona desde 1997 no Brasil, onde desenvolve atualmente cerca de 50 projetos relacionados a educação, saúde, promoção de direitos, participação comunitária, segurança alimentar e nutricional.

A pesquisa completa será disponibilizada, a partir do dia 7 de outubro, em língua inglesa no site www.plan.org.br.
In Notícias 360 - pe360graus.com

Vídeo da Semana (2) - 1ª Parte

Ameaçada com pistola

Uma aluna de 13 anos foi ontem assaltada sob ameaça de pistola à saída da Escola EB 2,3 Dr. Manuel Pinto de Vasconcelos, em Freamunde, Paços de Ferreira. A adolescente foi confrontada por um indivíduo nas imediações do estabelecimento, que lhe apontou a arma e levou um telemóvel.

Ao que foi possível apurar, o roubo ocorreu por volta das 11h00, após a vítima ter saído do estabelecimento escolar. Um suspeito, aparentando ter cerca de 25 anos, terá ameaçado de morte a aluna e exigido dinheiro. Perante uma adolescente estupefacta, o assaltante acabou por se limitar a arrancar o telemóvel das mãos da vítima, que apresentou queixa na GNR.

Contactado pelo CM, o presidente do conselho executivo do Agrupamento de Escolas, Luís Garcês, lamentou que a instituição não tenha sido informada da ocorrência, considerando a gravidade do caso, face à utilização de uma arma, num crime que envolveu uma aluna.

'É uma situação inédita. Já não se trata de simples furtos de dinheiro, telemóveis ou outros objectos, como às vezes acontece, dentro ou fora da escola. A utilização de armas, seja dentro ou fora do estabelecimento escolar, deixa-nos preocupados, porque representa um risco grave para a segurança dos alunos e não só', comentou Luís Garcês, adiantando que a escola não dispõe de sistema de videovigilância, que deverá ser instalado 'em breve'.

DETALHES

SEGURANÇA
A segurança da escola de Freamunde é assegurada por vigilantes, em regime de permanência, e patrulhas ocasionais da Escola Segura da GNR.

SURPRESA
Foi com 'surpresa' e 'estupefacção' que funcionários e alunos reagiram à notícia do assalto à mão armada na zona escolar, sublinhando não haver histórico de casos de violência.

EM GRUPO
'Quando não vamos para casa de autocarro ou com os nossos pais o ideal é sairmos da escola em grupo, como temos feito sempre, mas nunca por medo', reagiu um aluno.

HEMATOMA MOTIVA QUEIXA EM LEIRIA
O Agrupamento de Escolas de Marrazes está a averiguar uma queixa de alegada agressão, apresentada pelos familiares de um aluno da Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico de Marinheiros, em Leiria.

De acordo com os queixosos, a criança, de sete anos, apareceu em casa com uma nódoa negra num braço, que terá sido provocada pelo professor. O menino contou que se levantou e foi junto do docente fazer uma pergunta, porque não o tinha ouvido, e que este o agarrou, levando-o até à carteira.
O caso ocorreu na semana passada e os familiares ainda confrontaram o professor, tentando que formulasse um pedido de desculpas. Como não o fez, apresentaram queixa na esquadra da PSP. O Agrupamento conta ter o processo de averiguações concluído na próxima semana.

ESCOLA PRIMÁRIA DO CERCO
A professora agredida por pais de um aluno da Escola do 1º Ciclo do Cerco do Porto ainda não conhece o desfecho para este caso e continua sem dar aulas.

Quase 15 dias após a agressão, a situação continua a ser avaliada pelos responsáveis do Ministério da Educação e enquanto decorrem reuniões entre pais e docentes a escola permanece com os portões fechados para evitar situações semelhantes.

O aviso oficial que interdita a entrada dos pais no espaço da escola adverte ainda que 'qualquer tentativa forçada para entrar ou insultos serão comunicados à polícia'.

In Correio da Manhã (por Mário Fernandes / Manuela Teixeira)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Escola barra acessos após agressão

A entrada de pais no perímetro da Escola do 1.º Ciclo do Cerco, no Porto, foi restringida depois da mãe de um aluno ter agredido uma professora. Os encarregados de educação pedem agora reforço na segurança.

Só por motivo "devidamente justificado" podem os pais entrar na Escola do Cerco, de acordo com o director regional adjunto de Educação do Norte, António Leite, em declarações à Lusa. Mesmo nos horários de entrada e de saída têm de esperar pelos filhos à porta do estabelecimento.

A medida de segurança foi tomada logo após a agressão da mãe de um aluno a uma professora, ocorrida no passado dia 21 de Setembro. O estudante em causa tinha sido repreendido e obrigado a terminar na cantina um trabalho que se recusara fazer, contou ao JN uma docente daquele agrupamento de escolas. "A avó também veio cá ameaçar agredir toda a gente, caso a professora não retirasse a queixa contra a mãe do aluno", prossegue a mesma fonte. "Consta no bairro que aqui não se tomam medidas e os professores temem que o caso caia no esquecimento".

Ainda segundo declarações à Lusa, António Leite adiantou que a escola apresentou queixa-crime contra os alegados agressores da professora. Ao JN, o Conselho Executivo da escola recusou-se a prestar esclarecimentos. António Leite, adiantou também que terá "nos próximos dias", uma reunião com as entidades interessadas e responsáveis pela segurança na escola, como os membros do Conselho Executivo, a Direcção Regional de Educação, o Governo Civil e a associação de pais.

Ao final da tarde de ontem, pais e professores de algumas turmas reuniram-se para discutir o problema. Hoje vão reunir-se os docentes e encarregados de educação das restantes.

In Jornal de Notícias (por Nídia Ferreira)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Reino Unido cria watchdog para a Internet

O Governo britânico avançou com a criação de um novo órgão que vai juntar entidades públicas e privadas na protecção dos cibernautas mais jovens.
O UK Council for Child Internet Safety (UKCCIS) quer salvaguardar as crianças dos sites com temas menos próprios, como o suicídio, o bullying ou a pornografia, apostando na disponibilização de informação, agindo perante os espaços online que apresentem este tipo de conteúdos nocivos e estabelecendo códigos de conduta, nomeadamente para os sites que permitam o upload de vídeo.
O organismo está igualmente responsável por vigiar a área dos jogos online, assim como promover uma publicidade electrónica responsável, segundo avança a imprensa internacional. Reportando directamente ao primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, o UKCCIS conta com 100 membros, entre os quais BT, Facebook, Google, Microsoft e Vodafone.
Publicado por Casa dos Bits