sábado, 28 de fevereiro de 2009

Blogue do Projecto de Promoção e Educação para a Saúde


Foi criado ontem, dia 27 de Fevereiro, o blogue do Projecto de Promoção e Educação para a Saúde da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida - http://www.esmgappes.blogspot.com/.

Trata-se de mais um espaço virtual onde, entre outras coisas, serão divulgadas todas as actividades dinamizadas na escola no âmbito do projecto.

Não deixe de o consultar!!!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Daniel Sampaio sobre indisciplina e violência escolar

PERIGOSAS SIMPLIFICAÇÕES (Texto publicado a 7 de Junho de 2008... mas actual)
Decorreu em Lisboa a 4ª Conferência Mundial sobre "Violência na escola e políticas públicas", uma iniciativa da Faculdade de Motricidade Humana em parceria com o Instituto de Apoio à Criança.
Foi uma importante reunião, em que tive a honra de participar numa das sessões plenárias e onde foi possível ouvir representantes de mais de cinquenta países, num ambiente de grande partilha científica.
Ressaltou dos trabalhos a necessidade de uma acção concertada, dada a complexidade do problema, mas ficaram bem claras outras conclusões, a merecer a atenção dos nossos responsáveis: por exemplo, para tornarmos eficazes os programas contra a violência, teremos de nos entender à partida na definição do conceito.
Para mim e para a maioria dos colegas presentes não faz grande sentido a demarcação rígida entre indisciplina e violência, como é habitual ouvir-se aos nossos governantes do Ministério da Educação (ME). Percebe-se a intenção: se reduzirmos a estatística da violência aos casos participados de agressões a membros da comunidade educativa, poderemos dizer que cinco por cento das escolas são responsáveis por 90 por cento dos actos violentos, como ouvimos o ME declarar na sessão de abertura. A questão parece assim residual e pode deste modo ser separada da indisciplina na sala de aula, a requerer medidas de carácter pedagógico "bem distintas" das necessárias para o combate à violência escolar.
Trata-se de uma perigosa simplificação, por duas razões: a indisciplina não é uma questão menor, como a abordagem ministerial parece querer mostrar - requer estratégias continuadas, e deve basear-se numa profunda modificação da formação dos professores; depois, o mais importante - uma sala de aula indisciplinada produz o contexto favorável ao aparecimento de comportamentos violentos por parte dos alunos (mas também a partir dos professores).
Deste modo, as definições internacionais consideram os distúrbios na sala de aula como uma forma de violência escolar, ao lado da vitimização de membros da escola, da exploração física e psicológica, da ciberviolência (em crescimento), do "bullying" (intimidação/provocação) e de outros comportamentos violadores da intimidade ocorridos no território escolar. É assim que se toma como violento todo o comportamento que possa afectar de forma negativa o clima de aceitação e respeito mútuo que deve existir em todos os estabelecimentos de ensino, o que deve estar bem expresso no seu regulamento interno. Escola sem regras definidas caminhará para a violência!
Outra simplificação não desejável decorrente desta separação forçada entre o comportamento considerado minor (a indisciplina) e o major (a violência) é a de que deverão ser seguidos programas separados, com as acções mais severas (por exemplo, com recurso a entidades exteriores à escola) destinadas ao combate à violência; e acções pedagógicas para os problemas de indisciplina. A verdade é que este congresso demonstrou como é crucial, para a prevenção da violência, detectar precocemente os estudantes com dificuldades em obter sucesso académico, monitorizar o progresso obtido e combater o preconceito de que estudantes com baixo nível económico não terão sucesso, o que leva com frequência à sua marginalização. Deste modo, pode afirmar-se que manter os estudantes a trabalhar, num clima exigente mas de respeito mútuo entre professores e alunos, conduz EM CONJUNTO a uma escola com maior sucesso e, em consequência, com menos violência: e assim vemos como a indisciplina e a violência não são assim tão separadas...
Em Portugal continua a ser difícil trabalhar numa perspectiva integrada: julga-se que uma acção isolada obtém logo resultados, ou que o problema é dramatizado pela comunicação social. Esquecemos os professores e funcionários, tantas vezes vítimas de várias formas de violência, sem que tenham os apoios necessários; mas também não lembramos os alunos, nalguns casos também vítimas de insultos e humilhações por adultos que povoam a casa e a escola.Falta entre nós um programa articulado de combate à violência escolar. No Canadá, por exemplo e como se viu no congresso, envolveu um plano para três anos, a englobar uma fase de pesquisa e documentação; um período de formação e concertação; um tempo para a intervenção; e um período de avaliação.
Poderemos fazer tão bem ou melhor, mas precisamos de fugir a perigosas simplificações.
Por Daniel Sampaio (In Público)

Projecto ProCiv - Secção de Participação


Decorreu ontem, dia 26 de Fevereiro, na Sala de Audiovisuais da Escola, uma sessão de apresentação do projecto de remodelação da escola dinamizada pelo Engenheiro André Lameiras da empresa Parque Escolar.
A sessão foi dividida em duas partes. Na primeira parte, foram projectados diapositivos com plantas e fotografias das intervenções já efectuadas e a efectuar. Seguiu-se um período de perguntas e respostas, tendo os presentes tido a oportunidade de esclarecer dúvidas relacionadas com instalações e equipamentos.
A actividade foi realizada no âmbito da Secção de Participação do Projecto ProCiv e estiveram presentes cerca de 20 alunos.
A próxima Assembleia de Delegados e Sub-delegados terá lugar no próximo dia 19 de Março na sala de audiovisuais da escola.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Escolas de risco vão escolher professores

As 35 escolas e agrupamentos integradas no Programa dos Territórios Educativos de Intervenção prioritária (TEIP) vão já este ano poder começar a recrutar directamente os professores do quadro, revelou ao PÚBLICO o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos. O despacho que contempla esta medida já está assinado, acrescentou.
O programa TEIP abrange estabelecimentos com elevado número de alunos em risco de exclusões social e escolar que estão, por isso, a ser alvo de "medidas excepcionais para combater a insegurança, a indisciplina, o insucesso e o abandono escolares". Entre este lote irá figurar agora também a possibilidade de contratarem directamente todos os seus docentes. O que constitui uma estreia no ensino básico em Portugal.
Até agora, as escolas só podiam recrutar directamente professores para substituições temporárias, para áreas técnicas e para projectos especiais de enriquecimento curricular. Mas a contratação da maioria do corpo docente continua a ser feita por via do Ministério da Educação, o que é vista por críticos do actual sistema como uma medida "altamente limitadora" da autonomia das escolas.
Por Clara Viana (in publico.pt)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

QUE POLÍTICA PARA O PROBLEMA Nº1 DA EDUCAÇÃO NO PAÍS?

Os nossos filhos não são nada burros; são inteligentes e aprendem uns com os outros a manipular quem os ouve, quase sempre de forma inconsciente, através de falácias, aliás estudadas em Filosofia do 11º ano, para se desculpabilizarem perante os pais ou por causa do fracasso, ou do insucesso, ou da punição, a fim de não perderem a protecção que estes lhes oferecem.
Assim:«Se ou quando um aluno perturba a aula e é repreendido e não aceita a repreensão, então pode recorrer a alguns dos seguintes argumentos falaciosos» (argumentos falaciosos são argumentos falsos mas enganadores: visam convencer erradamente os ouvintes – pai, mãe e colegas ou amigos – de que não tem culpa nem responsabilidade pelo sucedido):
A: “Se me porto mal, então o(a) professor(a) repreende-me; se me repreende, então pega comigo; se pega comigo, então não gosta de mim. Logo, se me porto mal, não tenho culpa: o professor é que pega comigo e não gosta de mim.
”Falácia da derrapagem: Não há relação entre repreender e pegar ou não gostar de… Se assim fosse, nenhuma mãe gostaria do seu filho!
B: “O(a) professor(a) repreende-me, mas não tenho culpa. O(a) professor(a) é que é injusto(a), exagerado(a), intolerante(a), demasiado severo(a), humilhante e cínico(a): até se ri na minha cara!
”Falácia ad hominem ou argumento contra a pessoa: em vez de discutir o assunto, ataca-se a pessoa…
C: “O(a) professor(a) repreende-me, mas é injusto(a) porque não sou só eu que penso isso: todos os outros pensam o mesmo! Ninguém gosta do(a) professor(a)!
”Falácia demagógica – é do tipo: “fujo aos impostos porque todos fazem o mesmo” ou “falo nas aulas porque todos falam”, etc. O sujeito nunca é o responsável: são os outros!
D: “O(a) professor(a) repreende-me, mas é muito injusto(a). Vou participar de si ao Conselho Executivo e à Ministra! E, se não resultar, os meus pais arranjarão maneira de lhe dar uma coça!”
Falácia ad baculum ou argumento à força.
E: “O(a) professor(a) só me vê a mim; eu não estava a fazer nada; o professor persegue-me: coitado de mim que não fiz mal nenhum! –
Falácia ad misericordiam ou falácia da misericórdia: procura-se explorar o sentimento de pena a quem ouve.Erros educativos, que poderão ter consequências muito graves, quando se dá crédito a estas falácias, protegendo, sem razão, o aluno:
1º Desautorização do(s) professor(es). O(a) professor(a) perde a sua autoridade…
2º Continuidade do comportamento perturbador: por mais repreensões que se façam, não surtem qualquer efeito (a experiência confirma-me isso!) porque o(a) aluno(a) sabe que não lhe acontece nada, pois julga que terá sempre a protecção dos Pais.
3º O(a) aluno(a) nunca assumirá a responsabilidade dos seus próprios actos: julga que poderá fazer tudo o que lhe apetecer pois nunca será responsabilizado por nada.
4º Os pais que assim procedem, protegendo sem razão o filho ou a filha, estão a criar um irresponsável até que…
5º Mais dia, menos dia, o filho ou filha fará algo de muito grave (em família, no trabalho, no casamento, na sociedade, na estrada) que irá surpreender os pais e fazê-los sofrer imenso porque terão que suportar uma enorme e dolorosa decepção e já nada poderão fazer: o mal está feito e pode ser demasiado tarde.A título de exemplo, refiro que na noite de Natal dois jovens (entre 24 e 30 anos) em despique com os seus carros a alta velocidade se mataram na estrada nº 106, Penafiel – Entre-os-rios, em Oldrões, junto à escola de condução Pais Neto (pode-se ainda ver o buraco na parede feito pelos carros), onde o limite de velocidade é 50 Kms/h!
As famílias (vizinhas) de um e outro tomaram-se de razões porque cada uma atribuía a culpa ao outro jovem…. Mesmo morto, ninguém assumiu a responsabilidade; esta é sempre do outro! Continuou a lógica super-proteccionista!Infelizmente, a indisciplina é já um problema comum que todos conhecem mas que ninguém vê ou quer ver. Muitas vezes, ela resulta de uma “educação” super-proteccionista. Se considerarmos ainda que 1/3 dos alunos já são filhos únicos e que, nestes casos, – nem sempre: tudo depende da formação dos pais – as situações de super-proteccionismo tendem a agravar-se, então poderíamos considerar que a indisciplina torna-se o problema central da educação em Portugal, a par de outros, como as instalações obsoletas e falta de equipamentos modernos nas escolas que contribuem também para a desmotivação e, portanto, para a indisciplina.
A indisciplina é um fenómeno que se agrava ano após ano, porque tem havido erros educativos que consistem em facultar aos filhos sempre situações de prazer, nunca submetendo-os a uma negação ou privação ou a situações que exijam esforço e algum sacrifício. Os pais pensam erroneamente que têm que se sacrificar ao máximo de modo a que aos filhos não lhes falte nada sem que eles partilhem do sofrimento e das dificuldades da família. E eles tornam-se cada vez mais exigentes, mais ditadores, e os pais cada vez mais se escravizam para os servir!
O problema é que a vida traz-nos situações, muitos espinhos, que nos pregam frustrações e, se o jovem nunca experimentou, na sua formação, a frustração e negações, ele não estará preparado para reagir adequadamente: entrará em desespero, poderá tornar-se violento e agressivo ou terá tendências suicidas, ou entrará em depressão com todas as consequências que daí advêm. Veremos isso brevemente com a crise que começará a afectar o conforto consumista em que muitos dos nossos jovens já mergulharam: como irão eles reagir quando os pais lhes recusarem o telemóvel de última geração ou dinheiro para o DVD porque já não têm, simplesmente, dinheiro para sobreviver?!
Perante o fenómeno dos filhos únicos que crescem em número, ano após ano, e que dificilmente aceitam um “não” na escola; perante a “educação” super-proteccionista sem privações de consumismo e sem negações; perante a indisciplina gritante que daí tem resultado, o que nos tem dito o Ministério da Educação dos governos do PSD ou do PS? Nada. Mais eduquês: “a responsabilidade é dos professores”; são eles que têm que resolver todos os erros sociais e educacionais resultantes do sucessivo acumular de erros políticos na condução da educação e da política no nosso país!
Agora, todos já podem perceber por que razão a reforma educativa, centrada apenas no professor, levada a cabo por este governo, só pode estar votada ao fracasso.
Por Zeferino Lopes, Professor de Filosofia na Escola Secundária de Penafiel, em 10 de Fevereiro de 2009 (in ANOVIS ANOPHELIS)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Regras em crise

É urgente que os pais compreendam que ao imporem disciplina desde cedo estão a promover o autocontrolo dos filhos e a ajudá-los a serem capazes de estabelecer os seus próprios limites.

"Já não sei mais o que fazer... dou-lhe tudo! Ele tem computador, telemóvel topo de gama, televisão no quarto e leitor de MP3."A elevada frequência com que me tenho confrontado com afirmações semelhantes a esta, tem-me deixado verdadeiramente preocupada.
Os pais que fazem afirmações deste tipo têm geralmente filhos problemáticos, sendo frequentemente chamados à escola porque estes não cumprem regras nem respeitam os adultos. Em termos educativos, entramos na onda do dar muito, mas exigir pouco.
Muitos dos nossos alunos sabem que o mau comportamento não será penalizado, nem na escola, que infelizmente tem poucos meios para impor autoridade, nem em casa. Depois de dois ou três dias em que o castigo vigora, o coração do pai ou da mãe amolece e, portanto, rapidamente se reconquista tudo o que se perdeu na sequência dos maus comportamentos na escola.
Como não há consistência em termos educativos, rapidamente a criança/o jovem volta a apresentar distúrbios de comportamento, porque afinal os castigos, se existirem, são de tão curta duração que a/o leva a aprender que "o crime verdadeiramente compensa". Não é difícil um jovem pensar "Para que é que vou mudar de atitude, se mesmo sendo arrogante e mal-educado poderei usufruir de telemóvel, televisão no quarto e de todas as outras mordomias que felizmente tenho sempre ao meu alcance?".
O meu contacto frequente com alunos não me deixa qualquer dúvida relativamente à veracidade da teoria apresentada. Recentemente, devido ao comportamento disruptivo de um grupo de alunos que frequentam um CEF (Curso de Educação e Formação), dizia uma aluna: "Eu estou a esforçar-me por melhorar o meu comportamento, porque a minha mãe me tirou o telemóvel e as saídas com as minhas amigas. Só poderei voltar a ganhar isto, se o meu comportamento melhorar."
Outro aluno, cujo pai fora também alertado para a importância de aplicar algumas penalizações em consequência do seu mau comportamento, dizia arrogantemente: "O meu pai não me tirou nada."Quando estes jovens são encaminhados para o Serviço de Psicologia e Orientação, procuro que os pais compreendam que os filhos não sofrem de nenhum problema psicológico e o processo de mudança passa pelo estabelecimento de regras e limites por parte da família.
Ora este processo esbarra de imediato com muitas dificuldades, pois o trabalho que os pais deveriam iniciar nos primeiros anos de vida começa apenas na adolescência, quando a omnipotência e tirania dos jovens já é reinante. Nos primeiros seis anos de vida, a interiorização das regras e a tomada de consciência dos limites são mais fáceis de integrar.
É de sublinhar que alguns destes pais nunca impuseram limites, por considerarem que os comportamentos disfuncionais dos filhos seriam o resultado deste ou daquele problema familiar e não o fruto da inexistência de autoridade; outros, porque dizer "não" e manter o "não" dá muito mais trabalho que dizer "sim". Contrariamente ao que estes pais supõem, no fundo, as crianças gostam de ouvir "não", uma vez que este significa que há alguém acima delas que as ajuda a resolver o que não conseguem resolver sozinhas, e que toma conta delas, protegendo-as contra eventuais riscos.
Usando as palavras do Dr. Daniel Sampaio: "É preciso afirmar, sem subterfúgios, que não se pode educar sem autoridade, quer no contexto da família quer no ambiente da escola. Há temas que não são negociáveis na interacção com os filhos: o respeito pelos mais velhos, a proibição da linguagem obscena, o cumprimento dos horários, a obrigatoriedade de trabalhar ou estudar, a manutenção dos limites da privacidade geracional, a necessidade de cumprir em conjunto os rituais familiares (festas significativas, datas de habitual festejo, férias da família), entre outros."
*É portanto urgente que os pais compreendam que ao imporem disciplina desde cedo estão a promover o autocontrolo dos filhos e a ajudá-los a serem capazes de estabelecer os seus próprios limites.
Por Adriana Campos (in educare.pt)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Bom Carnaval!!!


Fazer refeições em família estreita laços afetivos e melhora a auto-estima

Estudo realizado em 12 países revela que comer ao lado de pessoas queridas promove o bem-estar e protege o organismo contra doenças físicas e emocionais; aprenda como cultivar esse hábito

Uma pesquisa idealizada pela empresa de produtos alimentícios Knorr, da Unilever, ouviu mais de seis mil pessoas em 12 países para avaliar quão importante é o momento das refeições para famílias do mundo todo. O estudo – integrado à campanha “Toda refeição é uma oportunidade” – relevou que, embora 95% dos brasileiros e 84% dos entrevistados globalmente considerem o momento das refeições muito importante para vida familiar, em São Paulo, menos da metade das famílias consegue se reunir para jantar todos os dias. Os principais empecilhos são diferenças de horário e falta de tempo, respectivamente.
“Ao deixar de estimular esse hábito, todos os membros da família saem perdendo”, afirma Miriam Weinstein, jornalista americana, autora do livro “The Surprising Power of Family Meals” (O Surpreendente Poder das Refeições em Família). “Comer frente a frente, seja com a mesa posta ou durante uma refeição improvisada, estreita os laços de afetividade e transmite segurança.” Apesar da agenda apertada, 56% dos entrevistados afirmam que o momento das refeições ajuda as famílias a brigarem menos, além de encará-lo como uma oportunidade para falar sobre comportamento, estudos e planos.
Miriam declara que pesquisas realizadas ao longo dos últimos anos atestam a importância de compartilhar e aproveitar a hora da ceia. “Está comprovado que crianças que fazem suas refeições com os pais têm melhor vocabulário e consequentemente mais facilidade para aprender a ler e escrever”, afirma. Benefícios da prática Pesquisas norte-americanas também apontam que adolescente, cuja família cultiva o hábito de comer reunida, têm menos problemas com drogas e indisciplina.
“Esses jovens também se alimentam melhor, o que previne o aparecimento de doenças decorrentes da má alimentação, tais como obesidade e colesterol alto”, afirma Adriano Segal, diretor de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABESO). Para a educadora Cris Poli, apresentadora da versão brasileira do reality show “Supernanny”, do SBT, não basta reunir a todos. “É preciso fazer desse um momento agradável.” Falta de tempo e a praticidade das comidas prontas vieram à sua mente? Cris afirma que sua receita é simples. “Não há necessidade de um cardápio sofisticado e trabalhoso. Uma vez instalada a rotina, as crianças passam a aceitar a ideia de trocar as garfadas em frente à televisão pelo jantar onde podem falar sobre seu dia”, declara.
Cris sugere que pais evitem aproveitar esse tempo para dar broncas ou repreender os filhos. “Proponha assuntos leves, como por exemplo, o dia das crianças na escola e aproveite para conhecê-los melhor.” “O mesmo vale para casais”, diz Miriam. “Quando falamos em família, nos referimos também aos cônjuges. Aproveite a refeição do fim do dia para trocar demonstrações de afeto e mostrar quanto você se importa com seu par e não para discutir sobre as contas.”
Confira as dicas das especialistas para que o hábito de reunir todos à mesa seja um pequeno prazer e não uma obrigação:- Suas refeições não precisam ser sempre perfeitas e com todos sorrindo. Entenda que haverão dias de maior e menor comunicação. - Caso não tenha tempo, procure rever sua agenda e a de seus filhos. Pais que chegam tarde podem compartilhar a sobremesa com os pequenos. - Tente estabelecer uma rotina para que todos saibam quais são os dias e horários em que irão se reunir. - Permita que todos se envolvam na preparação das refeições, o que tornará a hora de comer mais divertida. Incentive seus filhos a irem com você às compras, com pequenas listas para que eles ajudem a escolher frutas e legumes.

Primeiro-Ministro e Ministra da Educação visitaram a Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida

No passado Sábado, dia 21 de Fevereiro, o Primeiro-Ministro, José Sócrates, e a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, visitaram as obras de remodelação da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida, em Espinho


Estiveram ainda presentes nesta iniciativa - integrada no "Governo Presente" - o Presidente da Câmara Municipal de Espinho, a Directora Regional de Educação do Norte, a Presidente do Conselho Executivo da Escola e muitos mais convidados que tiveram a oportunidade de visitar as obras em curso neste estabelecimento de ensino.

Debate - "A Segurança nas Escolas: Boas Práticas"


A Comissão Parlamentar de Educação e Ciência decidiu promover um Fórum, na Internet, relativo à temática: «A Segurança nas Escolas: Boas Práticas», na sequência do trabalho que tem vindo a desenvolver no âmbito da Violência/Segurança nas Escolas e que deu já origem a dois Relatórios.

Pretende-se, com este fórum, recolher as experiências e os exemplos de boas práticas dos vários intervenientes nesta área. Neste sentido, e com o objectivo de enriquecer o trabalho desta Comissão Parlamentar, agradecemos o envio do seu contributo, até ao próximo dia 3 de Abril.

A Comissão irá ainda realizar, no dia 28 de Abril de 2009, na Assembleia da República, uma Sessão Pública para apresentação de exemplos de «Boas Práticas» pelas Escolas/Agrupamentos e outras Instituições, que contribuíram para a melhoria das suas condições de funcionamento, para a obtenção de melhores ambientes escolares e para a promoção do sucesso escolar para todos(as) os(as) alunos(as).

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

AR: Parlamento aprova projectos do PS e do PCP sobre educação sexual nas escolas

O Parlamento aprovou hoje, na generalidade, projectos de lei do PS e do PCP sobre educação sexual nas escolas, matéria que os socialistas se comprometeram a trabalhar em conjunto com a oposição na especialidade.
tamanho da letra

O projecto do PS, que impõe uma carga horária mínima de 12 horas por ano lectivo dedicada à educação sexual no ensino básico e secundário, foi aprovado com os votos favoráveis do PSD, PCP e PEV e com a abstenção do CDS-PP e do BE.

O PSD deu liberdade de voto aos seus deputados e Mota Amaral, José Luís Arnaut e Zita Seabra optaram pela abstenção.

Os socialistas utilizaram o direito de fixar a agenda parlamentar para discutir o seu projecto de lei mas permitiram que diplomas do PCP e do BE fossem também votados.

O diploma do PCP, que segundo os comunistas serviu de "inspiração" ao projecto socialista, foi aprovado pelo PS, PCP, BE e PEV, com os votos contra do CDS-PP e a abstenção do PSD.

O projecto de lei do BE foi chumbado, com os votos contra do PSD e CDS-PP e a abstenção do PS.
Durante o debate do projecto de lei socialista, o deputado do PS Pedro Nuno Santos invocou que "níveis elevados de educação sexual estão associados a um envolvimento mais tardio em relações sexuais" e ao "uso mais frequente do preservativo".

"São estes resultados que nós queremos multiplicar", declarou o ex-líder da Juventude Socialista (JS).

Segundo o projecto de lei do PS, "no ensino básico a educação sexual integra-se no âmbito da educação para a saúde", enquanto no ensino secundário integra-se transversalmente nas "áreas curriculares disciplinares e não disciplinares".

"Cada turma tem um professor responsável pela educação para a saúde e educação sexual", estabelece o diploma.

PCP, BE e PEV defenderam que desde 1984 existe legislação sobre educação sexual nas escolas que os sucessivos governos, incluindo o actual, não aplicaram e questionaram se com a aprovação do diploma do PS não "ficará tudo na mesma".

Por outro lado, o deputado comunista Miguel Tiago alegou que o PS "foi buscar inspiração ao projecto de lei do PCP" para o seu diploma e considerou que este "implica reforço de meios humanos" nas escolas.

A deputada do BE Ana Drago perguntou ao PS se "está disponível ou não para providenciar aos jovens os meios contraceptivos", pergunta que ficou sem resposta.

O projecto de lei do PS prevê, contudo, que exista nas escolas dos 2º e 3º ciclos "um gabinete de informação e apoio no âmbito da educação para a saúde e educação sexual" aberto pelo menos três horas por semana que, no ensino secundário, "deve assegurar aos alunos a distribuição gratuita de métodos contraceptivos não sujeitos a prescrição médica".

O diploma obriga ainda as escolas a "dedicar um dia em cada ano lectivo à educação sexual, envolvendo a comunidade escolar em palestras, debates, formação ou outras actividades".

O deputado do PSD Fernando Antunes considerou que "o dia da educação sexual não faz sentido nenhum", alegando que "causará em muitas escolas dúvidas e divisões" e que "a sensibilidade e as questões éticas ligadas à sexualidade exigem moderação".

Por outro lado, Fernando Antunes defendeu "um reforço da autonomia das escolas" e da "participação dos pais e encarregados de educação" na definição dos conteúdos da educação sexual.

Por sua vez, o líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, afirmou que para o seu partido "a escola nunca pode em circunstância alguma substituir o ambiente familiar e a educação sexual não deve ser ideologicamente direccionada", princípios que quer ver assegurados na nova legislação.

"Há abertura do PS para na especialidade trabalharmos um texto o mais consensual possível", declarou, no final do debate, o deputado socialista Pedro Nuno Santos.

Por IEL., in Lusa/Fim

Anonimato encoraja ataques de cyberbullying na web

O anonimato, que garante à internet o poder de ser uma mídia praticamente sem censura, também encoraja quem se esconde em perfis falsos para agredir aqueles que expressam suas opiniões ou vão contra o pensamento de massa. A milenar técnica de provocar e humilhar o próximo já ganhou ares virtuais.
Nascido do bullying, termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica praticados por um indivíduo (bully ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir, o cyberbullying é seu relativo na grande rede de computadores. A prática do cyberbullying é humilhar e ridicularizar tanto quem faz fama ou mesmo quem não tem tanta visibilidade no mundo da internet. As principais vítimas conhecidas, blogueiros e articulistas, começam a receber a companhia de estudantes e gente recém chegada na Internet.
De acordo com nota publicada no G1, o autor de novelas Aguinaldo Silva fez no início de fevereiro um desabafo em seu blog, um dos mais lidos do país: “Dou aqui o meu melhor. Procuro não apenas agradar a quem me lê, mas dar informações, provocar debates, fazer pensar. E o meu modo de pensar, limpo e cristalino, está exposto aqui. Em troca dessa exposição, dessa sinceridade toda, o que recebo? Chutes na bunda. Agressões as mais deslavadas, e o que é pior: de pessoas que nem sequer existem! Pois em geral, todos os que entram aqui com propósitos deletérios tratam antes de resguardar com o maior cuidado suas identidades: são todas falsas”.
No Orkut, onde o cyberbullying tem mais força, as formas de ataque vão de simples mensagens ofensivas, ameaças, roubo de fotos, dados e informações pessoais. Enquanto cerca de 15 comunidades se esforçam para exterminar o mal, 31 fazem apologia à “maldita inclusão digital”, que na palavra de um dos participantes possibilita o acesso a rede de “orkuts favelados, orkut's que voce nota ser usado (sic) de dentro de um presídio, orkut's dos indivíduos 'miserê'”.
A mecânica utilizada pelas comunidades é cruel. Selecionam alguns perfis que ´não agradam` e diariamente os disponibilizam em vários tópicos, expondo ao ridículo a vítima e incitando o ataque por meio de mensagens e a disseminação de vírus. Na maior comunidade contra o problema, a Stop Cyberbullying, um tópico ensina como se defender do mal: “o primeiro passo é guardar todo o tipo de ameaça, difamação ou mensagem, não levantar alarmes evitando que a pessoa apague seus passos para que se possa denunciar e a polícia agir”. Além delas, moderadores de grandes comunidades trabalham para traçar o rastro do anonimato das mensagens ofensivas.
De acordo com o advogado Abdalla Maachar Neto, é possível acionar a Justiça nestes casos, já que, apesar de ser um meio virtual, a internet é regida pelas leis do Código Penal. Calúnia, difamação e injúria são alguns dos crimes enquadrados pelo cyberbullying. Calúnia é a falsa imputação de fato definido como crime, também cometendo o mesmo delito aquele que, sabendo da falsidade, propala ou divulga a informação; difamar uma pessoa é imputar fato ofensivo à sua reputação e injuriar é ofender-lhe a dignidade ou o decoro. Já quanto ao dano moral é possível que se peça indenização.

Figueira da Foz: Professora agredida a murro por mãe de aluna

Figueira da Foz, Coimbra, 18 Fev (Lusa) -- Uma professora de História da Escola Secundária Bernardino Machado, na Figueira da Foz, foi alegadamente agredida a murro pela mãe de uma aluna do 11º ano, tendo apresentado queixa na PSP, disse hoje fonte policial.

"Foi uma agressão física sem arma. A senhora foi vista no centro de saúde e depois formalizou a queixa", disse à AGÊNCIA Lusa fonte da PSP da Figueira da Foz.

O caso aconteceu sexta-feira, durante uma reunião na escola sobre o rendimento escolar da aluna, entre a mãe da rapariga - já identificada pelas autoridades -- e a docente, ambas com cerca de 40 anos.

A fonte da PSP considerou estar-se perante uma "situação muito grave", dado o contexto em que a alegada agressão ocorreu.

"Nem sequer necessita de queixa, segundo o Código Penal. É um crime público, porque há uma relação directa entre a função da docente e a agressão", explicou.

O caso está entregue ao Ministério Público.

Por JLS. in Agência Lusa/Fim

Angola - Participação de jovens na vida pública é prioridade do governo

Luanda - A vice-governadora de Luanda para área social, Juvelina Imperial, afirmou que a criação de um espaço de diálogo para engajar os jovens nos programas públicos e juvenis consta da política do Governo angolano. Ao falar na abertura do curso sobre governação do Projecto Parlamento Escolar, Juvelina Imperial recordou que o Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, fez referência, no seu discurso do ano novo, à necessidade de estímulo aos valores e atitudes construtivas dos jovens e ao aproveitamento das suas potencialidades intelectuais.
Segundo Juvelina Imperial, as questões da juventude constituem uma das prioridades do Governo Provincial de Luanda (GPL), onde estão inseridas também a execução de acções tendentes a promoção do civismo e da cidadania, de forma a contribuir para o resgate dos valores morais e cívicos. Para si, o curso sobre governação constitui "uma mais valia", porque vai permitir que os jovens participantes adquiram os conhecimentos necessários para interagir nas várias áreas do saber, o que vai favorecer o florescimento das novas gerações. "O nosso país é constituído na sua maioria por jovens.
Assim sendo, a juventude constitui o garante da continuidade do desenvolvimento e, portanto, é necessário que esteja preparada para os desafios do futuro", afirmou a responsável. Os resultados da acção formativa, de acordo com a vice-governadora Juvelina Imperial, constituirão uma mais valia no aprendizado dos jovens participantes, na medida em que terão um conhecimento mais profundo sobre o funcionamento dos órgãos de soberania de Angola.
A embaixadora do Reino Unido em Angola, Pat Philips, que presenciou a abertura do acto, expressou o seu orgulho por ser um dos patrocinadores do curso sobre governação, a ser ministrado pela Searche For Common Ground Angola (SFCG) e o Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia (IASED). O curso de capacitação sobre governação será feito em duas fases, sendo a primeira de 16 a 20 de Fevereiro e a segunda de 2 a 7 de Março, com o objectivo de aumentar os conhecimentos sobre o funcionamento da Assembleia Nacional e o formalismo sobre a aprovação de lei.
Aumentar as capacidades de comunicar e apresentar de forma fácil e compreensiva as questões ligadas aos jovens nas suas comunidades diante de governantes e encarregados de educação é também um dos objectivos do curso. O parlamento escolar será inicialmente implantado nas províncias de Luanda e Cabinda e tem como grupo alvo jovens estudantes dos 15 aos 20 anos, das escolas públicas do primeiro ciclo.
In Agência AngolaPress

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Projecto PROCIV - Secção de Participação

Vai realizar-se no próximo dia 26 de Fevereiro, pelas 15h00, na Sala de Audiovisuais da Escola, uma sessão de apresentação do projecto de remodelação da escola.
A actividade será dinamizada por um responsável da empresa Parque Escolar e destina-se a Delegados e Sub-delegados (e outros alunos) da escola.

Projecto PROCIV - Secção de Formação

No âmbito do Projecto PROCIV, a Secção de Formação - em parceria com o Programa Escola Segura da Polícia de Segurança Pública - promoveu uma sessão de trabalho com os alunos do Curso de Operador de Informática da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida.
A actividade decorreu na aula da disciplina de Cidadania e Mundo Actual e foi dinamizada pelo agente Pedro Ferreira da PSP de Espinho.
No final, os alunos pocederam a um balanço da actividade, tendo considerado que a iniciativa foi muito positiva uma vez que tiveram a oportunidade de ficarem mais informados sobre questões associadas aos Direitos de Menores ou, até, ao Código Civil. Cada aluno recebeu um exemplar do livro “Prevenir o Futuro”.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

USP treinará professores para detectar violência contra crianças

RIBEIRÃO PRETO - Para facilitar a identificação de casos de violência de familiares contra crianças e adolescentes nas escolas públicas (estaduais e municipais), um programa foi criado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, já aprovado pelo Ministério da Educação (MEC). Em março devem iniciar os cursos preparatórios de 400 professores e 100 agentes educacionais. A meta é criar ainda dez Núcleos de Prevenção de Violência contra Criança e Adolescente, em dez municípios da região.

O nome do projeto é extenso, mas resume-se em prevenção e atendimento aos casos de bullying e violência contra crianças e adolescentes. O programa terá recursos de R$ 250 mil ao longo deste ano, oriundo do Escola que Protege (do MEC), tanto para bancar os cursos quanto aquisições de materiais paradidáticos aos professores e agentes educacionais, que passarão a ser "detetives" nas escolas. "O professor é um dos agentes privilegiados para reconhecer esse tipo de violência, pois tem contato diário com os alunos, observa seus comportamentos e tem condições de ver se as crianças têm alguma marca ou sinal de agressão", diz o psicólogo social Sergio Kodato, professor da FFCL e coordenador do Observatório de Violência e Práticas Exemplares, do Departamento de Psicologia da instituição.

Ao detectar atos violentos contra os alunos, no entanto, os professores precisam encaminhar os casos aos conselhos tutelares. Mas sem preparo, muitos podem não detectar isso ou não saber como agir. No curso, cada professor terá que participar de 40 horas presenciais e mais 20 horas de ensino à distância. Para Kodato, no entanto, só isso não basta. Os núcleos serão criados em dez cidades (Ribeirão Preto, Araraquara, Bebedouro, Serrana, Cajuru, Taquaritinga, Pontal, Barrinha, Sertãozinho e Cravinhos), onde existem integrantes do Observatório, e formarão uma rede de proteção e atendimento às crianças e adolescentes. Para isso, parcerias serão firmadas com secretarias municipais de educação da região. "Os municípios têm que dar suas contrapartidas", informa Kodato.

Com a rede de núcleos criada, o contato com os conselheiros tutelares será facilitado, segundo Kodato. "Será uma mudança de atitude e de estratégia nos municípios", emenda o psicólogo. A meta é que participem professores do ensino infantil até o médio.

Neste ano, as escolas estaduais de São Paulo estão recebendo manuais antibullying (prática de agressão física ou psicológica contra as pessoas) e os professores serão treinados para lidar com esse tipo de situação. Kodato considera a medida importante, pois poderá evitar que surjam adultos violentos, ou mesmo que os professores sejam vítimas de alunos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Grande lançamento para a segurança das crianças na Internet

-O programa de computador Benzoy, esperado à já algum tempo lançado na Holanda

O novo software holandês permite aos pais e crianças a utilização da Internet em maior segurança no futuro. Graças ao aguardado programa Benzoy, lançado pela empresa holandesa Unicaresoft a violência, drogas, pornografia, jogos e lojas online são filtradas. Pais e crianças podem estipular tempos, duração e tipo de actividade na Internet. Assim, a empresa consegue um avanço na protecção das crianças na Internet.

Um estudo recente efectuado pelo instituto Qrius mostra que 20 por cento das crianças da escola primária encontram experiências de assédio na Internet como bullying, jogos e websites violentos e pornografia. Por outro lado, os pais pensam que apenas 35 por cento das crianças contam tais acontecimentos aos pais. A Comissão Europeia estando atenta a tais factos assinou um acordo com 17 empresas de media europeias para tomarem medidas para proteger as crianças na internet no passado dia Europeu para uma Internet Segura. "De facto, fornecemos a solução procurada," CEO G. Ghazarian da Unicaresoft.

De acordo com ele, muitos pais face à inexperiência com computadores necessitam de ajuda para a educação das suas crianças na utilização da Internet. "A nossa missão é encontrar a solução para os grupos vulneráveis na Internet e estamos focados nas crianças," disse.

O lançamento do Benzoy foi cancelado o ano passado devido ao processo judicial da Microsoft sobre o uso do nome MSNLOCK. Este caso obteve atracção mundial, tendo a Unicaresoft sido contactada por pais dos mais diversos locais do mundo para suportar o programa e voluntariando-se para o grupo de testes. Isto permitiu à Unicaresoft ajustar o programa aos seus desejos e necessidades. "Os contactos foram imensos e ajudaram-nos bastante. O Benzoy foi lançado apenas quando obtivemos a aprovação do grupo de testes."

O que torna o programa único é o filtro patenteado que utiliza a mesma técnica conhecida do Google. Fornece também uma "lista negra" e "lista branca" actualizada de endereços da Internet e torna os websites filtrados invisíveis às crianças.

Mais informação: http://www.unicaresoft.com

62% dos adolescentes portugueses protege dados pessoais

Um estudo realizado a partir do site da Microsoft, o portal MSN, revela que a maioria dos adolescentes portugueses (62%) é mais cuidadosa no bloqueio do acesso aos seus dados pessoais por parte de estranhos. O relatório do fabricante revela que quase um quarto (22%) dos adolescentes europeus continua a não utilizar definições de privacidade para restringir o acesso geral às suas informações pessoais. Perto de 27% apenas as usa ocasionalmente.
Os adolescentes espanhóis (45%) são os mais permissivos em termos de partilha das suas informações pessoais, enquanto que a maioria dos adolescentes portugueses e dinamarqueses (59%) é mais cuidadosa no bloqueio do acesso aos seus dados pessoais por parte de estranhos. Na Suíça e na Finlândia, 46% publicam regularmente fotografias pessoais online.
Os adolescentes na Finlândia são os mais respeitadores da Europa, na publicação de fotografias, sendo que 69% dos jovens adultos na região afirmam pedir autorização antes de o fazer. No entanto, um terço dos adolescentes irlandeses e espanhóis afirma fazê-lo sem confirmar previamente.
Globalmente, 38% dos adolescentes consideram que os jovens não respeitam a privacidade online uns dos outros. Entre os jovens portugueses, 43% afirma pedir autorização aos amigos antes de colocar as fotografias dos amigos online.O estudo revela ainda que mais adolescentes estão predispostos a pedir conselho aos pais quando recebem mensagens de estranhos. Este grupo já chega aos 40% enquanto em 2007 69% não procurava ajuda de adulto de confiança. Metade dos adolescentes portugueses (67%) utiliza a Internet sem qualquer supervisão por parte dos pais: participaram 2787 jovens portugueses, com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos.Perto de 73% dos adolescentes portugueses afirma estar ciente do ‘perigo de estranhos’ na Internet e de como se proteger.
No entanto, o relatório considera longo o caminho a percorrer dado o número crescente de vítimas de ”bullying” online. Segundo dados da Microsoft, os adolescentes nos países nórdicos, em particular, estão a sofrer nas mãos de utilizadores mais perigosos na Internet. Metade dos inquiridos na Noruega foi vítima de “bullying” por um grupo ou indivíduo, tal como 45% na Dinamarca, quase um quinto (18%) sendo vítimas frequentes. Em sentido contrário, 90% dos adolescentes italianos e 87% dos jovens espanhóis e portugueses afirmam nunca ter sido vítima de problemas desta natureza online.
In Computerworld.com.pt

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ciberbullying: quando a criança é o agressor

Em qualquer escola, sempre existiu aquele aluno que vira o centro das atenções pelos piores motivos. Só por ser gordinho, ou muito estudioso, ou muito tímido, ou por ter um nariz meio grande, ganhava apelidos pejorativos, tomava lanche sozinho, era perseguido na saída. Agora, as brincadeiras de mau gosto ganharam novas proporções. Às vezes, exageradas. Em vez de recreio e saída, os xingamentos podem vir a qualquer hora, por mensagem de celular, emails destinados a dezenas de colegas e até páginas de internet dedicadas ao coitado. Fotos digitais adulteradas são usadas para denegrir sua imagem, e mesmo a distância o efeito é instantâneo: em pouco tempo sabe-se lá quantos internautas já terão visto e repassado a ofensa? Isso é o chamado cyberbullying, uma das principais preocupações atuais de quem estuda o comportamento dos jovens na internet. Principalmente pela dificuldade que a vítima tem de se defender.

Há cerca de três anos, no Instituto Educacional Stagium, em Diadema (SP), uma aluna com autismo foi provocada de propósito por algumas colegas do 7º ano para que aparecesse "surtando" num vídeo. O vídeo, feito com uma câmera fotográfica (proibida na escola), foi publicado num blog dedicado a falar mal dela. Quando a direção da escola ficou sabendo, já tinha dado tempo de a classe inteira assistir ao vídeo na internet. A solução foi chamar os pais dos envolvidos para definir como os culpados seriam repreendidos. “A escola não poderia ficar isenta”, afirma a diretora, Sônia Costa Pereira. No fim, os alunos reconheceram o erro e se retrataram publicamente, usando o mesmo blog em que tinham publicado a ofensa. E ainda se engajaram, por sugestão da escola, em uma ação social no município, como medida socioeducativa.

César Munhoz, do Portal Educacional, afirma que novos meios de cometer assédio pela internet são descobertos a toda hora. Uma das modas é criar perfil falso no Orkut usando o nome e a foto de algum colega. Basta copiar a foto do perfil verdadeiro e colar num outro perfil, usando algumas informações verdadeiras para dar credibilidade, e fazer o diabo em nome dessa pessoa.
A "diversão" é acrescentar dados falsos que denigram a imagem do colega e usar o perfil dele para atacar publicamente outras pessoas da turma. Assim, várias vítimas são feitas ao mesmo tempo: os alvos das ofensas e seu suposto autor, que leva a culpa no lugar dos falsários. Quando a ofensa constitui crime, pode ser denunciada ao denunciar.org. As escolas têm poder limitado para interferir, pois não podem impor restrições ao que é feito do lado de fora de seus portões. Mas, como normalmente o bullying envolve colegas de classe, é fundamental que a escola participe da discussão. Trazer a questão para os estudantes analisarem juntos é uma forma de eles entenderem por que é que brincadeira tem limite. Segundo Andréa Jotta, da PUC, o serviço tem recebido muitos e-mails sobre esse tema. A principal dica para se livrar da perseguição é que a vítima não se isole. "Quando ela se fortalece, o bullying perde a graça”.
Por Francine Lima (in Negócios & Carreira)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Mãe vai processar professor agredido

A mãe do aluno cujo tio agrediu um professor na EB 2,3 Francisco Sanches quer formalizar também uma queixa contra o docente, por ter, alegadamente, empurrado o filho. Sandra Pinho diz ainda que o filho é vítima de "bullying".

A encarregada de educação assegura saber que a violência perpetrada pelo seu irmão contra o professor de Inglês foi incorrecta, mas ressalva que isso será tratado no devido lugar. "Ele perdeu a cabeça e vai responder em Tribunal. O que eu não posso tolerar é que se diga tanta coisa do meu filho quando, imensas vezes, ele é que é alvo de agressões por parte de colegas. Segundo ele conta, algo que só a turma poderá ajudar a provar, é que o professor o empurrou. Ele contou ao tio, que tentou fazer queixa no Conselho Executivo, não conseguiu, ficou fora dele ", explica.

Sandra Pinho diz que o filho é hiperactivo e toma Atarax, mas não é mais problemático do que qualquer outra criança. "Partiu uma vez um vidro, que magoou uma colega e andou ao estalo com outro aluno, há muito tempo. Nunca recebi qualquer outra queixa por parte da escola", explica, referindo que quer provas de todos os "avisos" alegadamente feitos pela instituição, incluindo a caderneta, onde estão registados todos os incidentes.

"Vou pedir essas provas também à DREN", rematou. A progenitora do aluno de 12 anos diz ainda que o filho tem sido vítima dos colegas e assegura que a PSP tem conhecimento formal dessas agressões.

O presidente do Conselho Executivo, Jorge Amado, estranha as acusações, desmente categoricamente o "empurrão" e pergunta porque é que Sandra nunca participou das agressões a ninguém da escola. Nem ela nem o próprio aluno.

"Os seguranças da escola, antigos polícias, tomam conta de todas as brigas. Algumas resultam em processos disciplinares; outras são arquivadas por não terem gravidade. Não há qualquer registo no sentido de o aluno ser vítima de violência", sublinha.

A EB 2,3 Francisco Sanches teve 112 ocorrências do género este ano, mas nenhuma reporta à criança em causa, segundo está a ser apurado no âmbito do processo de averiguações interno. "Ainda assim, se há queixas na PSP, elas serão tidas em conta nos meios próprios", continua.

Jorge Amado refere, no entanto, que, pela informação recolhida, "ele é que é o agressor". "A família é complicada. Há até um processo disciplinar em que a criança foi considerada culpada", considera, contrariando a versão de Sandra Pinho que diz que o filho "não é malcriado nem violento", apenas "irrequieto".
Por DENISA SOUSA (in Jornal de Notícias)

Fotografias das obras de remodelação da Escola

A pedido de alguns visitantes do "EsmgaSegura", apresentamos em "1ª mão" algumas fotografias das obras de remodelação que estão a decorrer na Escola.



Perspectiva interior do Bloco A1.



O futuro Bloco A4 - Bloco Tecnológico...


... e o edifício onde se situará a sala de convívio dos alunos, o auditório, a cantina e o bufete!


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Governo Sub18 - 7ª Eleição Distrital: Em Aveiro mandam as mulheres!


A Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida, com um governo totalmente composto por mulheres venceu a distrital de Aveiro.

Com uma equipa muito equilibrada, onde todas as ministras participaram no debate, defendendo o seu ministério e revelando um óptimo estudo de cada pasta, as meninas da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida persuadiram os seus oponentes.

Quem ficou surpreendido (e até com vontade de ir à casa-de-banho!) com o empate que se verificava no final da primeira votação foi a Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Com 7 votos em 20 possíveis conseguiram o empate, perdendo depois na "finalíssima", mas muito focados no ensino e exigindo mais formação para professores nas áreas cívicas.

A Escola Secundária de Arouca (vencedora da distrital de Aveiro na edição anterior), surgiu muito bem preparada e já com algum "calo". Os governantes sugeriram o tratamento da água do mar para consumo (a exemplo do que se faz em Porto Santo), o que gerou um concorrido debate.

A sugerir um 13ºAno no ensino e uma federação de AE's, esteve o simpático governo da Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, que se manteve sempre muito activo durante o debate e até fez um pedido à FORUM ESTUDANTE: que para a próxima edição também exista um Ministério da Saúde!

Todas escolas estaduais terão manual contra bullying


Secretaria de Estado da Educação enviará livro para as 5.300 escolas de sua rede.Todas as escolas estaduais receberão um manual contra bullying no início do ano letivo. A Secretaria de Estado da Educação enviará o livro às suas 5.300 unidades.


A ação faz parte de pacote da Pasta para prevenção contra bullying em toda a rede estadual de ensino.O novo manual deverá ser utilizado por diretores, coordenadores pedagógicos e professores das escolas. Além das escolas, todas as 91 Diretorias Regionais de Ensino terão o material.Chamado de "Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz", o manual trata da violência física ou psicológica e de manifestações de discriminação, o chamado Bullying.


A Secretaria também planeja capacitações de professores contra o problema, por intermédio da Rede do Saber, sistema que interliga a comunicação na rede estadual de Educação."Pretendemos agir na prevenção de bullying. É um problema que deve ser enfrentado em todo ambiente escolar. Algo grave, que merece atenção de diretores, professores e coordenadores", afirma a secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.
(Envolverde/Secretaria da Educação do Estado de São Paulo)


Texto enviado pelo Professor Octávio Lima

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Governo Sub18 - Equipa da ESMGA vence fase Distrital


A "equipa governativa" da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida (Carolina Silva, Francisca Mesquita, Isabel Fragoso, Isabela Sousa e Laura Carreira) que participou na fase Distrital do Concurso Governo Sub18, em Aveiro, foi a grande vencedora!

Contaando com a colaboração do professor Miguel Barros, o "nosso governo" ficou apurado para a fase seguinte, a realizar em Março na cidade do Porto.

Para mais informações, consultar o blogue ESMGA SUB-18.

Criança vê...criança faz...

Vale a pena ver... reflectir... corrigir...

Comissão Europeia lança campanha contra cyberbullying

No âmbito do Dia Europeu para a Internet Segura, a Comissão Europeia anunciou diversas medidas que visam melhorar a protecção dos mais novos online. Para além da aliança criada com diversas empresas que marcam presença na Internet, através de várias plataformas sociais, o executivo anunciou ainda a criação de uma campanha pan-europeia contra o cyberbullying.

A iniciativa consiste na difusão de um videoclip de 30 segundos, criado especificamente para esta campanha, que será transmitido nas cadeias de televisão de toda a Europa, públicas e privadas. O arranque da difusão está marcado para hoje e decorrerá ao longo de todo o ano. Paralelamente, o mesmo vídeo, que tem como mensagem principal "Block bullying online! Keep it fun, keep control", será transmitido no Festival de Cinema de Berlim até ao dia 15 deste mês.

A versão mais longa do vídeo - que pode ser visto neste artigo -, onde a personagem principal é uma jovem vítima de cyberbullying que luta contra a pressão, será colocada em redes sociais e sites frequentemente utilizados pelos mais jovens, como é o caso do YouTube, MySpace, Dailymotion e Habbo Hotel.


Segundo a CE, mais de metade dos jovens polacos e 34 por cento dos adolescentes britânicos e alemães já foram vítimas de pressão psicológica através de sites ou de mensagens de telemóvel. É com base em dados como estes que Bruxelas pega agora numa nova estratégia de combate contra as agressões silenciosas causadas pelo cyberbullying.

Actualmente, mais de 55 por cento da população europeia com acesso à Internet visita sites de cariz social, o que perfaz um total de 41,7 milhões de utilizadores. Dentro de quatro anos estima-se que o número ascenda aos 107,4 milhões.

In TeK.sapo

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Pais e docentes estão entregues a si próprios - Dia Europeu da Internet Segura assinalado esta terça-feira com muitas palestras e poucas medidas


Sabe o que o seu filho anda a fazer na Internet? Estará em segurança? É preferível utilizar a Net em casa ou na escola? As respostas são difíceis e dependem da educação e dos conhecimentos informáticos dos pais e dos professores.

O Dia Europeu da Internet Segura é assinalado esta terça-feira com uma série de iniciativas de consciencialização e sensibilização sobre a problemática da segurança na Internet, mas, além destas acções, Portugal não tem uma estratégia no domínio da segurança das tecnologias de informação e comunicação. Os pais limitam-se a pagar as contas da Internet ao fim do mês e nas escolas é dada pouca atenção ao tema.

Apesar da União Europeia ter vindo a aumentar as verbas destinadas à promoção da segurança online das crianças e jovens (passou de 45 milhões, em 2004, para 55 milhões, até 2013), "as famílias e as escolas estão entregues a si próprias. Não existem quaisquer orientações do Ministério de Educação ao nível de procedimentos nem de tecnologias. A formação de professores neste âmbito é diminuta. A ignorância gera o medo e este empurra para as proibições", sublinha Tito Morais, fundador do site MiudosSegurosNa.Net. (Ver link na coluna à direita nos sites úteis - Tito de Morais)

E também não há ajudas da União Europeia que nos valha. Portugal tem sido tradicionalmente dos países que tem participado com menos projectos nestes domínios. "Ao todo, terá beneficiado de pouco mais de 500 mil euros desde 1999. Os valores que se investem neste domínio são irrisórios", alerta o especialista.

A política do Estado quanto a questões de segurança infantil na Internet está à mostra na Web. A Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, do Ministério da Educação, tem um site (http://seguranet.pt), dirigido a toda a população, onde promove a utilização segura da Internet. Além de conselhos de instalação de filtros e programas de segurança infantil, a grande maioria dos conteúdos são de carácter informativo. E é nesta mesma linha que se assinala hoje o Dia da Internet Segura. Além de videoconferências, as escolas foram desafiadas a desenvolver actividades centradas nos alunos e encarregados de educação. Um pequeno passo para a alfabetização digital.

Por Manuel Molinos (in Jornal de Notícias)

Bullying nas escolas - Alunos tímidos e “diferentes” são os que mais sofrem

Medo, submissão, baixa da auto-estima, são algumas das consequências do bullying sentidas pelas vítimas. De acordo com a UNESCO, 25 a 50 por cento da classe estudantil portuguesa é vítima deste fenómeno, que inclui agressões, insultos, humilhações e provocações verbais de forma repetida e sistemática. Um problema social a que muitos preferem fechar os olhos.

As razões que motivam crianças e adolescentes a praticar bullying, que vai desde os maus tratos físicos aos insultos e que se caracteriza por ser persistentemente direccionado para a mesma pessoa., são várias. De acordo com o pedopsiquiatra João Hipólito, “uma das razões poderá ser a ausência de valores de respeito pelo outro, sobretudo, o mais fraco ou desprotegido”, ou simplesmente a “obtenção, por vias "fáceis" de acesso, quer a bens valorizados nessa sub-cultura, quer a "reconhecimento" nas "hierarquias informais"”, clarifica.

Os alunos mais fracos, mais tímidos, mais isolados, "mais diferentes", são, segundo o especialista, professor catedrático da Universidade Autónoma de Lisboa, normalmente, aqueles que mais sofrem de violência escolar. Enquanto que, os agressores são frequentemente aqueles “com dificuldades pessoais em respeitar limites e regras, eles mesmos ex-vítimas ou vítimas de abusos e violência noutros contextos, frequentemente carenciados ao nível afectivo, educativo e social, frequentemente ainda com baixos níveis de auto-estima”, refere.

As vítimas do bullying desenvolvem “um clima de ansiedade e medo, o desejo de evitar as situações, fugindo a elas, a submissão e a baixa da auto-estima”.

Embora, segundo dados da UNESCO, 25 a 50 por cento dos alunos portugueses sofram este fenómeno na pele, são poucas as medidas que algumas instituições tomam em relação ao problema. Para que a esse tipo de violência diminua é necessária uma actuação mais forte da escola, com regras específicas para casos de bullying.

O problema é que, muitas vezes, existe uma espécie de “pacto de silêncio”, no qual os agressores não confessam e as vítimas não se queixam. Algo que, para o psicoterapeuta é compreensível, se o "queixar-se" significar aumento da agressão. A melhor forma de contornar esta tendência é, através de “um bom e seguro relacionamento com "professores de referência" (mediadores) assim como a existência de linhas anónimas de apoio”, transmite o especialista.

Mas, os pais também têm um papel fundamental, “pela qualidade de relação que têm com os filhos devem poder ter acesso a esse tipo de informação imediatamente quando a situação começa, para pôr em acção medidas de protecção dos filhos”, explica João Hipólito. “Uma criança, que parece começar a desmotivar-se para o trabalho, a parecer mais triste, desmotivada para ir à escola ou para sair”. São estes os sinais de alerta aos quais a família deve estar atenta.

Há, no entanto, quem ainda veja estas acções como “coisas de miúdos, próprias da idade”, o que é preocupante. Para o docente da UAL, esta é apenas uma “resolução aparente”, é a política do “assobia e disfarça”. Isto acontece porque, “por vezes a noção que dar muita visibilidade a certos comportamentos inaceitáveis pode ser uma maneira, infelizmente, de os promover”, esclarece.

Na opinião de João Hipólito, embora as regras mais rígidas contra o bullying; a vídeo vigilância na escola e a polícia nos portões, poderem ser vistas como “medidas para remediar, ou reduzir o risco existente”, a melhor maneira, é “desenvolver medidas preventivas”. Estas medidas passam pela “formação de discentes, docentes, colaboradores da instituição e pais ou encarregados de educação, quer nesta problemática específica, quer na construção de "comunidades de aprendizagem" mais solidárias, partilhando valores de respeito, cooperação e aceitação das diferenças”, revela.
Por Vera Gomes (in O Setubalense)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Exercício de Evacuação

O Conselho Executivo (em parceria com a empresa Parque Escolar) levou a cabo, na passada 5ª-feira - dia 5 de Fevereiro - um Exercício de Evacuação.

O "sinal de alarme" foi accionado pelas 11h31 e, ao fim de apenas 4 minutos, foi possível constatar que todas as instalações cobertas se encontravam evacuadas. Os alunos, e respectivos professores, dirigiram-se para os respectivos Pontos de Encontro previamente assinalados - e divulgados.

Por volta das 11h40, foi dada ordem de regresso às salas.

Apesar do exercício ter decorrido, no global, conforme o previsto, foram detectadas algumas situações que necessitam de ser corrigidas em exercícios futuros. Com o intuito de proceder a uma avaliação mais rigorosa do Exercício de Evacuação, foi distribuído um questionário junto do pessoal docente e não docente.
Os resultados deste questionário serão brevemente divulgados à comunidade educativa.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

PROCIV - Balanço das actividades realizadas no 1º Período

Reunida no passado dia 22 de Janeiro, a equipa do Projecto PROCIV fez um balanço das actividades levadas a cabo no 1º período do corrente ano lectivo.

Assim, foram apresentados os seguintes dados:

-A Secção do Obervatório procedeu à recolha e análise de todas as participações disciplinares / ocorrências que deram entrada no CE; a informação foi inserida na Base de Dados, que foi actualizada com regularidade.


Ao longo do 1º periodo, deram entrada 50 participações / ocorrências discplinares, menos duas do que em igual período no ano lectivo de 2007/2008.


-A Secção de Divulgação produziu um cartaz relativo ao blogue. Este cartaz foi afixado em todas as salas da escola. Foi igualmente feita a actualização periódica do blogue que foi visitado em 694 momentos.

-A Secção da Formação dinamizou duas sessões de trabalho com Encarregados de Educação do 8º ano e do 10º ano dos Cursos Profissionais.

-O Gabinete de Gestão, Mediação e Resolução de Conflitos recebeu um total de 10 alunos. Instruiu igualmente 3 processos disciplinares e um processo de averiguações.

-A Secção da Participação de Alunos promoveu a realização de 3 Assembleias de Delegados do Ensino Secundário.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

PROCIV - Descrição / Apresentação do Projecto

Estão disponíveis os ficheiros relativos à Descrição e Apresentação do Projecto PROCIV



PROCIV - Novo Impresso para Participações Disciplinares

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Coluna De bem com a Vida: Boletim turbinado – Volta às aulas

Nem sempre estudar horas a fio é suficiente para reverter as notas vermelhas. Além de dedicação, o aluno precisa desenvolver um método de estudo adequado. O apoio dos pais também é fundamental

Qual o segredo para que um estudante melhore seu rendimento escolar? O drama da nota vermelha numa matéria ou o fiasco generalizado, daqueles de fazer o aluno esconder o boletim dos pais, podem ter várias explicações. A mais comum – faltou estudar mais – é relativamente simples de reverter. Basta um pouco mais de seriedade e dedicação para que os resultados apareçam. A questão é mais complexa quando o aluno passa horas sobre os livros e, mesmo assim, não consegue melhorar suas notas. Uma dica sugerida pelos que já deram a volta por cima é reavaliar o método de estudo.

Foi-se o tempo em que os jovens encaravam os estudos com desinteresse, como se fossem apenas mais uma imposição dos pais. Levantamento com 2 098 adolescentes de sete capitais indicou que, para 95% dos entrevistados, estudar é a coisa mais importante da vida deles. A pesquisa mostrou ainda que a maioria é crítica em relação à qualidade de ensino, o que demonstra a determinação da nova geração de estudantes. Mesmo assim, há várias armadilhas no caminho da formação escolar – como as notas baixas.

Elas costumam surgir com maior freqüência na puberdade, quando o jovem passa por modificações significativas, como a transformação do corpo, o aumento do interesse pelo sexo oposto e a construção da identidade. O adolescente não entende por que tem de estudar tanto se existem coisas mais interessantes a sua volta. A participação dos pais pode ser decisiva nesse momento crucial do jovem. Cabe a eles manter um ambiente em casa que valorize o conhecimento e permita ao estudante estabelecer ligação entre os conteúdos aprendidos na escola e o mundo real. Tudo isso ajuda a despertar a curiosidade e o prazer de aprender. O bom desempenho dos alunos depende mais de motivação que de sua capacidade intelectual ou da qualidade da escola. Ou seja, basta um empurrão e que empurrão!
Dez dicas para melhorar nos estudos

1. Participe da aula, preste atenção, tome nota e não tenha vergonha de fazer perguntas.
2. Monte um plano de estudo, prevendo o que vai estudar ao longo da semana.
3. Faça as lições de casa no dia e deixe um tempo para revisar o que aprendeu na aula.
4. Estude no horário em que está mais atento e disposto. Não deixe para as horas em que tem sono ou está cansado.
5. Descubra qual técnica de memorização funciona para você: falar em voz alta, fazer resumos, montar esquemas, exercícios, dramatização ou estudar em grupo.
6. Procure outras referências sobre o assunto que está aprendendo para ampliar seus conhecimentos, como livros, revistas e filmes.
7. Aproxime-se de um professor, pesquisador ou profissional que domine o assunto de seu interesse.
8. Tenha o hábito de refazer os exercícios que errou nas provas e entenda por que errou.
9. Prepare na véspera a mochila da escola. Verifique os cadernos e livros de que vai precisar e se todas as lições estão feitas.
10. Reconheça seus pontos fortes e fracos, as áreas em que tem mais habilidade.

Como os pais podem ajudar

Envolvendo-se na vida escolar do filho. Pergunte o que ele aprendeu e como isso pode ser importante na vida dele.

• Dê o exemplo. Leia livros, jornais, ouça música, veja filmes e espetáculos de qualidade.
• Mostre a seu filho que ele é capaz de solucionar problemas, em lugar de resolver por ele.
• Não pressione. Pai fiscal não funciona.
• Fique atento às datas de provas. Leve-as em conta na hora de programar viagens e atividades familiares.
• Seja tolerante com erros. Tente fazer com que seu filho aprenda com eles.
• Tire proveito do vínculo de seu filho com os amigos. Convide-os para assistir a um filme ou a um show que possa ser relacionado aos assuntos escolares.
• Antes de recorrer a aulas de reforço escolar, veja se o jovem é capaz de superar a deficiência sozinho.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Violência nas escolas retratada em ‘Bullying’

A peça ‘Bullying’, inserida no Programa de Teatro para a Educação, num projecto desenvolvido pela ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve, estreia amanhã na Escola Secundária de Tavira, num espectáculo que terá duas sessões, às 10h00 e às 14h00.

O espectáculo aborda a problemática da violência no meio escolar, a partir de diversas situações enquadradas por um jogo dramático desenvolvido numa vertente interactiva, que permite aos alunos assumirem diferentes papéis: professor, pai, auxiliar de acção educativa ou membro da Comissão Executiva da escola.

A agressão física e verbal, a indisciplina no espaço escolar, inclusive na sala de aula, são situações com as quais os alunos são confrontados durante a sessão.


‘Bullying’ resulta de uma criação colectiva de Paulo Moreira, Glória Fernandes e Luís Miranda, com encenação de Paulo Moreira, e tem a participação dos actores Elisabete Martins, Mário Spencer, Pedro Mendes e Tânia Silva.

O projecto é desenvolvido através de um protocolo de cooperação cultural que a ACTA celebra anualmente com várias autarquias e a Direcção Regional de Educação do Algarve e estão, até 25 de Março, agendadas sessões em diversas escolas dos municípios de Faro, Vila Real de Santo António, Lagoa, Loulé, Portimão, de novo Tavira, Olhão e Albufeira.


Armando Alves (in Correio da Manhã)