sábado, 30 de maio de 2009

Workshop sobre Bullying na sede da ANAE (Caldas da Rainha)

Vai realizar-se na sede da ANAE (Associação Nacional de Animação e Educação) um workshop subordinado ao tema “Bullying Estratégias de Intervenção”, que será coordenado por Patrícia Oliveira, mestre nesta área.
Esta formação decorrerá nos dias 19 de Junho (das 18h30 às 21h30) e no dia 20 de Junho (das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30) e destina-se a professores, educadores, auxiliares de acção educativa, encarregados de educação e estudantes.
A violência escolar, também denominada “Bullying”, é uma problemática recente que constitui um desafio para aqueles actores. A iniciativa pretende “capacitar os destinatários a lidar e a actuar adequadamente nestas situações”.
As inscrições e o respectivo pagamento será efectuado no site da ANAE que fica no edifício da Escola do Parque (Caldas da Rainha).
Mais informações no site www.anae.pt.vu
“Bullying” Estratégias de Intervenção

Formadora: Dra. Patrícia OliveiraAssistente Social / Mestre na área de Bullying

Destinatários: Professores, Educadores, Auxiliares de Acção Educativa, Encarregados de Educação, Profissionais interessados pelo tema e Estudantes.

O que é o Bullying?
Violência escolar também denominada de “Bullying”, é uma problemática que tem aumentado as suas manifestações e visibilidade, constatando-se uma crescente preocupação de professores, pais, alunos e técnicos que lidam diariamente com este problema.

É uma problemática recente que representa uma nova forma de violência da sociedade actual. Como tal esta formação pretende capacitar os destinatários a lidar e actuar adequadamente nestas situações.
Objectivos Gerais
-Contribuir para a melhoria do relacionamento interpessoal entre os diversos intervenientes (alunos e suas famílias, professores e funcionários);
-Avaliar diversas estratégias de intervenção adequadas ao fenómeno do “bullying”.
Objectivos Específicos
-Reconhecer nos formandos um conjunto de competências pessoais e sociais capazes de lidar com situações de violência escolar;
-Criar estratégias de sensibilização, de motivação e de informação aos formandos relativamente a esta problemática, actuando ao nível da alteração de comportamentos.

Duração da Formação:
9 horas, com certificado de formação(frequência no mínimo de 75% de horas).

Alunos da ESMGA na 7ª edição da Competição Nacional de Matemática “mat 12”

No passado dia 30 de Abril, realizou-se na Universidade de Aveiro a 7ª edição da Competição Nacional de Matemática “mat 12” destinada a alunos do Ensino Secundário.

A Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida levou à competição 30 alunos do 10º, 11º e 12º anos, num total de 15 equipas.

A equipa constituída pelas alunas Raquel Brás, da turma 10º 5ª, e Mariana Canoso, da turma 10º 2ª, conquistou o brilhante 4º lugar na competição "mat12 - 10º ano", na qual participaram 354 equipas de todo o país.

A equipa melhor classificada na competição "mat12 - 11º ano", constituída pelos alunos Joana Almeida e Pedro Heitor Pinto, da turma 11º 2ª, conquistou o 18º lugar num total de 440 equipas.

A equipa melhor classificada na competição "mat12 - 12º ano", constituída pelos alunos Pedro Miguel Rocha e Diogo Castro, da turma 12º 1ª, ficou em 26º lugar num total de 301 equipas.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Preservativos nas escolas avaliados caso a caso


Ao fim de três sessões de votação na especialidade, novas regras da Educação Sexual ficaram aquém das expectativas criadas.

Após três sessões para analisar 16 artigos, a Comissão Parlamentar de Educação acabou ontem a votação na especialidade do projecto de lei do PS para a Educação Sexual nas escolas. A legislação, que entrará em vigor no próximo ano lectivo, acabou por 'suavizar' alguns dos temas mais controversos da proposta inicial do PS - que motivou controvérsia dentro do partido.

A distribuição de contraceptivos nas escolas passa a estar dependente de uma análise caso a caso pelos gabinetes de apoio das escolas, em "articulação" com os serviços de saúde.

De concreto, a nova legislação contempla a obrigatoriedade de serem consagradas pelo menos 12 horas por ano à Educação Sexual - no âmbito da Educação para a Saúde e outras disciplinas - e a criação de gabinetes de apoio em todos os agrupamentos até ao final do ano lectivo de 2009/2010.

Bloco de Esquerda e PCP criticaram o documento, que consideram "ambíguo", enquanto o PS reconheceu ter procurado ir ao encontro de "consensos internos e na sociedade".

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Blogues e movimentos independentes apelam à participação na manifestação de sábado

Os principais blogues e movimentos de professores fazem apelo conjunto à participação na manifestação convocada para sábado, em Lisboa.
Nos últimos tempos, as divergências sobre os objectivos e métodos da contestação docente têm sobressaído nos blogues de professores, mas a três dias da última manifestação do ano lectivo tanto a blogosfera como os movimentos independentes decidiram avançar para um apelo inédito: "Sair à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o Governo e é do que a escola pública precisa. Por isso encontramo-nos no próximo sábado". No apelo recorda-se as três manifestações e as duas greves realizadas desde o ano passado.
"São momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública". A situação é assim descrita: “Este governo desfigurou a escola pública”. Três momentos: "O modelo de avaliação docente é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores”; "partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista e promove o individualismo”; “a imposição dos directores burocratiza o ensino”. “É a educação que está a perder", frisam os subscritores, recordando que este é um momento em que se “debatem as escolhas para o país e para a Europa” e que os “professores têm uma palavra a dizer”.
“Sair à rua em força é arriscar um futuro diferente”. O apelo é subscrito pelos blogues A Educação do Meu Umbigo, ProfAvaliação, Correntes, (Re)Flexões, Educação SA, O Estado da Educação, Professores Lusos, Outòólhar e O Cartel. E pelos movimentos APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública) e CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Marketing Social Em Análise Com Orador de Prestígio do Panorama Empresarial Português – Engº Pedro Oliveira da BP Portugal


A assistir a este evento estiveram os alunos do 10º (12ª) e os alunos do 11º (8 e 9ª) do curso de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade e ainda alguns professores.

No segundo ano do curso, e no que concerne à estrutura modular, mais concretamente módulo 6 analisa-se o marketing social. Esta palestra acontece no momento mais oportuno.

Refere a professora Paula Oliveira “estudamos, debatemos este domínio do marketing, que ao contrário do que se pensa, não é encarado pelas empresas como uma questão de moda, mas sim uma preocupação estratégica e nas aulas analisamos diversas marcas que se tornaram case study. Um dos exemplos é BP/ ROCK IN RIO- Lisboa."

O orador, Eng. Pedro Oliveira, director da Rede de Retalho da BP em Portugal, falou dos projectos em que esta empresa tem vindo a participar numa vertente mais social e elucidou a plateia sobre como é que tudo acontece.

A BP enquanto empresa cidadã, patrocinou a Tenda Mundo Melhor e doou uma parte da margem e lucros operacionais dos produtos que vendeu em Portugal até ao final do festival à SIC Esperança.

O orador falou também de outros projectos que a BP desenvolve neste domínio do Marketing Social, nomeadamente, o Projecto “Mão na Mão”. A BP assinou um protocolo com outras empresas que levou à criação de um movimento empresarial de voluntariado denominado "Projecto Mão-na-Mão". Este projecto, direccionado para Instituições Privadas de Solidariedade Social e Organizações Não Governamentais que apoiam, entre outros, cidadãos portadores de deficiência e idosos, passa pela execução de tarefas específicas sob a orientação de quem detém o conhecimento.

O papel da empresa é o de oferecer a sua mão-de-obra a uma causa social, promovendo a participação dos seus colaboradores, que para o efeito serão normalmente remunerados sem desconto de dias de trabalho. Porque se trata de voluntariado empresarial, as acções deverão sempre decorrer durante o horário de expediente.

A Importância da Comunicação Em Debate Na Escola Secundária Dr. Manuel Gomes De Almeida


No dia 15 de Maio, no pavilhão Multimeios em Espinho decorreu uma palestra denominada “o dia da comunicação” que foi organizada pelas alunas Adriana Ferreira, Inês Zenha e Sara Ribeiro da turma 11º (8ª) do curso Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade.

Segundo a professora, Paula Oliveira, “a análise deste tema reveste-se de uma importância extrema para o curso e tem sido alvo de análise em diversas aulas.
Antes de serem excelentes profissionais em qualquer uma das áreas do curso, têm que ser bons comunicadores. Por exemplo, apresentar uma campanha publicitária ou, no caso do marketing, defender um plano estratégico para uma marca produto ou serviço ou ainda fazer uma conferência de imprensa, é imprescindível que façam comunicações assertivas. Os alunos que optem por uma destas carreiras necessitam ter uma personalidade extrovertida, empreendedora, criativa, demonstrar autoconfiança quando comuniquem com públicos.

Entendo que isto é apenas teoria e por si só não chega!”

Acrescenta ainda que tem sido preocupação trabalhar todos estes itens com os alunos nas aulas, através de apresentações e defesas de trabalhos e posteriores autoscopias com o intuito de lhes incutir sentido de Responsabilidade, Rigor e Profissionalismo. É sem dúvida um excelente exercício para os aproximar da realidade de trabalho.

O orador convidado, Dr. Rafael Rocha, director de Comunicação e Imagem da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários) para quem comunicar “é um termo muito lato, portanto tudo é comunicar, a fotografia, as artes, o cinema, o teatro, linguagem verbal e não verbal, tudo isso é comunicação.”

Como referiu ao Jornal Defesa de Espinho, o orador veio falar “sobre os 15 minutos de fama a que todos temos direito, como dizia Andy Warhol e portanto como podemos aproveitar esses nossos 15 minutos. Vou dar algumas dicas para que, se chegar a oportunidade, estes jovens possam de alguma maneira fazer boa figura.”

domingo, 24 de maio de 2009

VII Mostra na EspinhoTV - a reportagem continua...



Na passada sexta-feira, dia 22 de Maio, a Escola Secundário Dr. Gomes de Almeida organizou um bonito Sarau Gímnico na Nave Polivalente de Espinho, que contou com a participação dos alunos e grupos daquela Escola, como também contou com a participação de alunos da Escola Secundário Dr. Manuel Laranjeira, as ginastas da Associação Académica de Espinho, APAM, entre outros.Foi um espectáculo muito bonito, com muita dança, ginástica e muito bem organizado por esta Escola, que está de parabéns pelo excelente empenho que tem demonstrado ao longo desta VII Mostra.


Está patente até ao próximo dia 27 de Maio, na galeria da Junta de Freguesia de Espinho uma exposição de trabalhos de alunos da Escola Secundária Dr. Gomes de Almeida, exposição esta inserida no âmbito da 7ª Mostra da Escola Dr. Gomes de Almeida.


Nesta exposição poderá ver diversos tipos de trabalhos, pinturas, desenhos, entre outras formas de arte, realizados pelos alunos desta escola durante o ano lectivo 2008/2009.

Irá também encontrar na galeria da Junta de Freguesia de Espinho, uma outra exposição intitulada "Astronomia Artística", que se trata de trabalhos realizados pelos alunos do Projecto Ciência na Escola em articulação com Oficina de Artes. Para além da exposição houve também um espaço para workshops diversos (Ciência, Multimédia e Artes).



in http://www.espinho.tv/ (fotos de Filipe Couto)

sábado, 23 de maio de 2009

Aluno esfaqueado no pátio da escola

Um jovem de 15 anos foi esta quinta-feira esfaqueado no pátio da escola por um colega da mesma idade, ficando gravemente ferido. O caso ocorreu na EB 2,3 Bartolomeu Dias, em Sacavém e foi denunciado ao tvi24.pt por Paulo Condesso, presidente da associação de pais.
O responsável explicou que o jovem foi ferido no peito, «a dois centímetros do coração e teve de ser hospitalizado. Foi muito complicado porque ele estava a perder muito sangue, mas felizmente já recuperou e está em casa». A mesma fonte adianta que o autor da agressão foi travado por uma funcionária, tendo depois sido levado pela polícia para a esquadra, onde os pais o foram buscar depois.

Além da gravidade da situação, Paulo Condesso está revoltado com o facto de a associação de pais só ter sido alertada seis horas depois. «Os pais começaram a ligar-nos, preocupados com a situação que os filhos lhe contaram, mas a escola não nos avisou de nada», adianta.

O responsável explica que a escola tem historial de incidentes sobretudo ligados à rivalidade de jovens da antiga Quinta do Mocho e do Prior Velho. «Há uns dois ou três anos atrás a situação era muito grave. Chegaram mesmo a explodir bombas na escola, mas foram tomadas algumas medidas e a situação melhorou».
Questionado sobre se era frequente os jovens irem armados para a escola, Paulo Condesso afirma que «a polícia chegou a encontrar alguns objectos contundentes nas mochilas de alguns jovens, mas não sei se é habitual trazerem armas».
Mas este episódio voltou a acentuar os receios de pais e alunos. «Os pais estão com medo e os filhos também, sobretudo depois de terem visto aquilo que aconteceu ao colega. Está a gerar-se um clima de medo em torno da escola».
«A associação de pais está a espera que a Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) e o Conselho executivo cumpram com um compromisso assumido há dois anos da colocação da videovigilância nas instalações da escola, que por diversos motivos tem vindo a ser adiada», disse o responsável, que adianta que, «perante estes factos e caso os pais do aluno esfaqueado assim o entendam está a associação de pais disposta a mover um processo contra a Escola/Drel/gabinete de segurança, por não conseguirem garantir a segurança dentro da escola».

A associação enviou uma carta à DREL, conselho executivo da escola, Conselho Geral Transitório do agrupamento , Câmara municipal de Loures, Gabinete de Segurança do ministério da educação, PSP (escola segura), e à Ministra da educação pedindo medidas para «resolver o maior problema que escola tem desde sempre: a segurança».

Câmara de SP tem projeto que cria lista de alunos malcriados

Um projeto aprovado em primeira votação na Câmara prevê a criação de uma lista de alunos malcriados na rede municipal de São Paulo. Pela proposta, as escolas terão de criar um registro dos estudantes que ofendem ou intimidam os colegas --o "bullying".

Para entrar em vigor, o projeto do vereador Gabriel Chalita (PSDB) precisa ser aprovado em segunda votação e depois sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM).

A proposta prevê que as escolas mantenham um histórico das ofensas, que será enviado à Secretaria Municipal da Educação. Em tese, esse registro permitiria ao município montar uma lista com os nomes dos agressores.

O autor da proposta nega que essa seja a intenção. "A minha visão é ter um diagnóstico do que acontece, até para saber como agir. Não tem criminalização nenhuma, queremos apenas saber como está esse problema", diz Chalita, que foi secretário estadual da Educação no governo Geraldo Alckmin (PSDB). Se a lei for aprovada, o modo de aplicação nas escolas será decidido pela prefeitura.

Uma das pioneiras do estudo das ofensas nas escolas, a educadora e pesquisadora Cleo Fante, presidente do Cemeobes (Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar), aprova a iniciativa. "Esse fenômeno cresce em todo o mundo. E é importante que o diagnóstico comece cedo, já estamos identificando esse comportamento em crianças de três, quatro anos. É um problema muito grave que deixa sequelas para sempre.

Mas ela faz uma ressalva. "Não bastam apenas leis que obriguem a escola a trabalhar com a questão. Tem que haver garantias de que a lei seja cumprida, que é o mais importante de tudo", afirma.

Chalita afirma que escolheu esse tema para seu primeiro projeto porque ele "é um dos grandes males da educação". "A escola tem que ser um espaço de acolhimento, de respeito, onde as pessoas possam ir com tranquilidade. Os pais têm que saber que naquele espaço as pessoas serão respeitadas, não agredidas e humilhadas."

Agressão
Há dois anos, Vitor Fernando Jesus Severino, 16 anos, começou a sentir o significado do termo "bullying" na pele. Aluno de uma escola pública na Lapa (zona oeste de SP), ele começou a ser ameaçado física e verbalmente por um grupo de alunos mais velhos, que implicaram com o jeito dele. "Um dia, eles puxaram o meu cabelo. Depois, jogaram comida em mim na hora do intervalo. Eles me xingavam, cheguei a levar chutes.

A mãe do menino, Sebastiana Maria de Jesus, 52 anos, estranhou quando o filho começou a ficar tímido e quieto. "Ele não queria ir à escola. Demorou até que ele conseguisse me contar o que estava acontecendo. Nem de casa ele queria mais sair. Quando soube das agressões, fiquei apavorada."
Ela procurou a direção da escola. "Eles começaram a fazer um trabalho com a turma. Tudo melhorou", conta Sebastiana. Vitor, que está no segundo ano do ensino médio, segue na escola."
A mesma sorte não tem a neta de Rita Elaine Vieira Garbin, 51 anos. Gabriela, 11, é discriminada no colégio onde estuda, em Orlândia (365 km de SP). Rita conta que, há um ano, a menina é humilhada. "Uma professora a chamou de bolinha de queijo. Claro que os alunos se sentiram autorizados a ofendê-la."

4000 visitas!!!

Atingimos as 4000 visitas, ontem dia 22 de Maio!

Vamos continuar a dar vida ao nosso blogue... Esperamos atingir as 5000 até ao final do corrente ano lectivo!

A equipa do ProCiv

quarta-feira, 20 de maio de 2009

"Brisa de Sons" igualmente na EspinhoTV


Veja igualmente a cobertura da apresentação do livro de poemas inéditos - "Brisa de Sons" - na passada segunda-feira, dia 18 de Maio, na Junta de Freguesia de Espinho.

Abertura da VII Mostra da ESMGA na EspinhoTV


A cerimónia de abertura da VII Mostra da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida, realizada no passado dia 15 de Maio, pelas 21h00, foi gentilmente coberta pela Espinho TV.

domingo, 17 de maio de 2009

Abertura da VII Mostra da ESMGA

A VII Mostra da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida foi inaugurada na passada sexta-feira na Junta de Freguesia de Espinho.


A primeira actividade do certame esteve a cargo dos alunos da turma 6 do 9º ano com uma brilhante representação da peça de teatro "O Feiticeiro de OZ".

Exposição de crianças na TV preocupa psicólogos

Especialistas alertam para a necessidade de proteger as pequenas estrelas do lado negro da fama: a perda de privacidade e o assédio.
Manuel tem quase 10 mil contactos na rede social hi5 e mais de mil pedidos de amizade por responder. "Recebe cerca de 400 mensagens por dia", conta a mãe do rapaz de 15 anos, Felisbela Correia. A sua popularidade é o resultado da participação no concurso Uma Canção para Ti, o programa mais visto da televisão portuguesa. Mas esta exposição também tem um lado negro, alertam os especialistas, que vêem com apreensão a participação de crianças nestes concursos.
"A participação num programa desta envergadura tanto pode constituir uma experiência extremamente positiva como extremamente traumática, mas é certamente um acontecimento que muda a vida da criança", diz a pedopsiquiatra Paula Vilariça.

Para a especialista, o problema não é o concurso, ou a competição em si, porque as crianças estão habituadas a competir - na escola, no desporto, e com os amigos. Mas "quando se trata de um dos programas mais vistos no País o impacto na vida das crianças é enorme", salienta. Um impacto que não se mede pelos minutos em que os jovens aparecem na televisão, mas pelo interesse que se gera na escola, no bairro e nos meios do comunicação em geral.

O grande risco é entrar "pelo caminho da criação de meninos vedeta", acrescenta a pedopsiquiatra Ana Vasconcelos. "É um problema que está muito estudado. Deixa-se que aquele dom que eles têm passe a ser o mais importante". Ou seja, aquela experiência e a preocupação com agradar aos pais e ao júri acaba por roubar-lhes espaço para desenvolverem a sua própria identidade, explica a especialista.

"Os miúdos são transformados em estrelas e podem não ter bagagem emocional para lidar com isso", lembra Paula Vilariça, questionando se os pais estarão preparados para lidar com o turbilhão que isto representa.

A mãe de Manuel admite que não estava. "Já tinha o caso do meu marido e da minha filha, que participaram noutro programa, e sei que prometem mundos e fundos e depois fica tudo em águas de bacalhau. Expliquei-lhe que quando acaba o programa acaba tudo. Mas não esperava que as revistas falassem acerca de crianças como falam de adultos", diz. Assim, as negativas de Manuel na escola, as dificuldades da família, a amizade com uma colega de programa - tudo já foi discutido na praça pública.

Por isso, para Ana Vasconcelos, os pais devem avaliar se os filhos vão lucrar com a participação, se é bom para a família, e certificarem-se que não é mais importante para eles do que para as crianças: "Pode ser bom para o narcisismo dos pais e para quem trabalha na televisão, mas ser mau para os miúdos", diz. "A família tem de funcionar como rede de suporte para proteger as crianças dos excessos emocionais: dos momentos de euforia, tensão, angústia, stress", acrescenta Paula Vilariça.

Mas para os jurados do programa, muitas vezes os pais são parte do problema. "Às vezes é mais complicado gerir as expectativas dos adultos do que das crianças e isso acaba por pôr mais pressão nos miúdos", explica Helena Vieira, cantora lírica. Para Luís Jardim, produtor de música e outro dos jurados, os pais têm a obrigação de proteger os filhos e às vezes fazem o contrário. "Às vezes são as próprias famílias que vão para os jornais expor a vida das crianças", acusa. Mesmo assim, não tem dúvidas que é "uma experiência bestial para os miúdos". "Pode ser assustador, podem ficar desapontados quando perdem mas tudo isso é importante e faz parte da aprendizagem para a vida", diz.

O psicólogo Manuel Coutinho concorda e cita o exemplo de crianças estrelas que se tornaram adultos de sucesso (ver caixa). O que faz a diferença é o apoio dos pais, considera. "Desde que o horário seja adequado à idade e que a sua imagem seja preservada não vejo problemas", conclui. Uma opinião que não reúne consenso. "Há colegas que são completamente contra mas acho que é preciso não embarcar em fundamentalismos e proteger as crianças ao máximo", conclui Ana Vasconcelos. No entanto, para Paula Vilariça, talvez a melhor forma de os pais resguardarem as crianças seja mesmo não as inscreverem.
Por Patrícia Jesus in Diário de Notícias

sexta-feira, 15 de maio de 2009

As mulheres que perseguem mulheres no escritório


Pesquisa de instituto americano mostra que 40% dos profissionais agressivos são mulheres e que, em 70% dos casos, elas preferem atacar outras mulheres

Os homens começaram perdendo a batalha dos estudos (as brasileiras têm em média três anos a mais de escolaridade que os brasileiros), depois a do trabalho (as mulheres avançam lenta, mas inexoravelmente nas empresas). E agora, pasme: estão perdendo até o monopólio da agressividade.

Uma pesquisa de um instituto americano, divulgada pelo New York Times, revestiu com números uma percepção meio disseminada, mas pouco levada a sério: mulheres não se dão bem com chefes mulheres. O instituto é o Workplace Bullying Institute, cujo objetivo é estudar o assédio moral nos ambientes de trabalho. Uma das conclusões da pesquisa, encomendada em 2007, é que 40% dos profissionais agressivos são mulheres.

Com uma peculiaridade: enquanto os homens perseguem indiscriminadamente funcionários de ambos os sexos, as mulheres preferem atacar outras mulheres (em 70% dos casos). É uma estatística alarmante, por dois motivos: 1) Muita gente boa já disse que o século XXI é o século das mulheres no trabalho. Não apenas pela evolução numérica – no Brasil, elas passaram de pouco mais de 20% da força de trabalho, na década de 1970, para mais de 40% hoje – como bem apontam estudos da Fundação Carlos Chagas.

O século seria feminino porque, pelo menos em tese, o mundo caminha para um estilo de gestão mais suave, baseado no diálogo, na intuição, na realização de muitas tarefas ao mesmo tempo, na delegação de poderes –características tipicamente vinculadas às mulheres. Por isso, desde os anos 1990, gurus de renome como o americano Tom Peters clamam que elas é que herdarão o reino dos negócios.

Mas a pesquisa da WBI aponta em outra direção: em vez de suavizar o mercado de trabalho, é plausível acreditar que as mulheres estejam ficando mais agressivas.

2) Para as próprias conquistas femininas, a batalha entre mulheres é um baque. Um dos mantras de organizações que lutam pela igualdade no trabalho é que, quanto mais mulheres chegarem a cargos de comando, melhor. Elas funcionariam como modelos de conduta: se uma mulher “chegou lá”, uma funcionária em começo de carreira tem mais chances de querer chegar lá também. Mas, se a pesquisa for verdadeira, para muitas mulheres ter uma chefe mulher é um obstáculo, não um incentivo. É muito frequente que, em conversas privadas, as mulheres digam que trabalhar com homens é mais fácil.

Algumas que são chefes afirmam que os homens são menos complicados (não têm TPM, discutem menos). Algumas que são subordinadas dizem que mulheres perseguem mais – e muitas vezes, segundo elas, por motivos totalmente alheios ao trabalho.

Em geral, tendemos a não levar esses comentários muito a sério. Ou pelo menos a nos convencer de que são casos isolados. Em parte isso acontece porque a alternativa é politicamente incorreta: ela arranha a imagem de que as mulheres são femininas do modo como gostamos de encarar a feminilidade: por suas características de suavidade, amor, compreensão.

Mesmo sem esquecer que os homens são responsáveis pela maior parcela dos casos de assédio moral, talvez seja hora de rever nossos conceitos sobre feminilidade. Pelo menos no horário de trabalho.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Projeto nos EUA pune o cyberbullying com prisão

Quem for condenado pode passar dois anos na prisão; críticos veem ato de censura
O Congresso dos Estados Unidos voltou a discutir um projeto de lei que pune com prisão os internautas que utilizarem a web para "coagir, intimidar, assediar ou causar sério abalo emocional a uma pessoa".
A proposta, de autoria da deputada californiana Linda Sanchez, tem como alvo principal a prática que ficou conhecida como cyberbullying.
O bullying é caracterizado por ações agressivas, intencionais e repetitivas, que são adotadas por uma ou mais pessoas contra outras. Quando, para isso, são utilizados os meios eletrônicos, a prática leva o nome de cyberbullying.
O projeto prevê multas e pena de até dois anos de prisão, ou ambos, a quem for condenado por cometer cyberbullying. A proposta até agora já conta com o apoio de 14 deputados. Apesar disso, defensores da liberdade de expressão questionam a linguagem vaga utilizada no projeto.
Eles dizem que o texto, apelidado de "Lei de Censura 2009", abre espaço para punir coisas como críticas feitas em blogs contra políticos, e-mails de teor passional trocados por ex-namorados ou brincadeiras de gosto duvidoso feitas em comunidades virtuais. Sanchez apresentou o projeto após a jovem Megan Meier se matar em 2007, como consequência do cyberbullying que sofria na rede social MySpace.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Programa da VII Mostra da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida

-Dia 15 de Maio-

- Noite de teatro: “ O feiticeiro de Oz”
21.30 horas : Auditório da Junta de Freguesia de Espinho.


-Dia 18 de Maio-

-Sessões abertas de Educação para a Saúde
8.30 /11.50 horas : Bloco A1 sala A1.10
Temas: Doenças do sistema nervoso, hormonal, cardiovascular, respiratório, digestivo e urinário.
- Alcoolismo

-Palestra subordinada ao tema “Astronomia: uma breve história do universo”
15.00 horas : Auditório da Junta de Freguesia
Dinamizada pelo Dr. Carlos Herdeiro ( Faculdade de Ciências da Universidade do Porto)

-Apresentação do livro “Brisa de Sons”
21.00 horas : Átrio da Junta de Freguesia de Espinho
Compilação de poemas de alunos, professores e ex-alunos da escola.

-Noite de teatro: “ A cor das coisas”
21.30 horas : Auditório da Junta de Freguesia de Espinho.


-De 18 a 22 de Maio-

-Exposição de Caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro
A partir das 15.00 horas : Junta de Freguesia de Espinho.


-19 de Maio-

-Sessões abertas de Educação para a Saúde
8.30 /11.50 horas e 13.30/15.00 : Bloco A3 sala 23

Temas: Doenças do sistema nervoso, hormonal, cardiovascular, respiratório, digestivo e urinário.
- Alcoolismo


-De 20 a 22 de Maio-

-Exposição de trabalhos realizados pelos alunos.
Workshops diversos (Ciências; Multimédia e Artes)

-Exposição de “ Astronomia Artística”
Projecto Ciência na Escola em articulação com Oficina de Artes

-Divulgação de oferta Formativa para o ano lectivo 2009/2010
9.30/12.30 e 14.30/17.30 horas : Junta de Freguesia de Espinho.


-20 de Maio-

-Demonstração de “Medicinas não Convencionais”
15.00 /17.00horas : Polivalente (Monoblocos)

-Palestra subordinada ao tema “A Ética e os media : o papel da comunicação social na formação dos cidadãos”
Clube de Filosofia
10.00 horas : Sala de Audiovisuais da Escola

-” O papel de autarquias e o desenvolvimento local”
14.30horas : Sala de Audiovisuais da escola
Sr. Rolando Nunes Sousa—Vice presidente da CME
Dr. Amílcar Vinagre—Membro da Comissão Técnica de acompanhamento da revisão do PDM de Espinho.
Dr. Ricardo Bastos Sousa —Membro da Assembleia Municipal da CME
Eng. Fátima Azevedo — Responsável pelo Departamento de obras e planeamento da CME

-Observação Astronómica” com a presença do Astrónomo José Matos
21.30 /23.00 horas : Escola (ao ar livre)


-21de Maio-

-Dia P : “ O Ensino Profissional em debate”
Painel integrando 1 aluno em estágio, 1 monitor de estágio, 1 director de curso e um empresário.
15.00/17.30 horas : Auditório da Junta de Freguesia de Espinho.

-Espectáculo de Teatro, Música e Poesia “ Leituras Cruzadas”
21.30 horas : Átrio do Bloco A3 da escola


-22 de Maio-

-Demonstração de “Medicinas não Convencionais”
10.00 horas : Polivalente (Monoblocos)

-Concurso : “ Bons Hábitos Alimentares”
14.30 horas : Auditório da Junta de Freguesia de Espinho.

-Palestra subordinada ao tema “A Nossa Galáxia e as Outras: ilhas no Universo”
15.45 : Sala de Audiovisuais
Dra. Catarina Lobo

-Sarau Gímnico
21.30 horas : Nave Municipal de Espinho


-25 de Maio-

-Sessões abertas de Educação para a Saúde
8.30 /11.50 horas : Bloco A1 sala A1.10

Temas: Opções que interferem negativa e positivamente com o organismo humano - “ Ciência, Tecnologia e Sociedade ”

-Demonstração” A cozinha é um laboratório”
8.30 /11.50 horas : Junta de freguesia de Espinho


-26 de Maio-

-Sessões abertas de Educação para a Saúde
8.30 /11.50 horas e 13.30/15.00 : Bloco A3 sala 23

Temas: Opções que interferem negativa e positivamente com o organismo humano - “ Ciência, Tecnologia e Sociedade ”


-De 25 a 27 de Maio-

-Exposição de trabalhos realizados pelos alunos.
Workshops diversos (Ciências; Multimédia e Artes)

-Exposição de “ Astronomia Artística”
Projecto Ciência na Escola em articulação com Oficina de Artes

-Divulgação de oferta Formativa para o ano lectivo 2009/2010
9.30/12.30 e 14.30/17.30 horas : Junta de Freguesia de Espinho.


-27 de Maio-

-Sessões abertas de Educação para a Saúde
13.30/15.00 : Bloco A3 sala 23

Temas: Opções que interferem negativa e positivamente com o organismo humano - “ Ciência, Tecnologia e Sociedade ”

-Debate e apresentação do Vídeo “ Ser Humano; certezas e Dúvidas“
10.00 horas : Sala de Audiovisuais da Escola
Clube de Filosofia em articulação com os professores de Ciências Naturais


-29 de Maio-

-Espectáculo Musical “ ESMGA Sing Star”
21.00 horas : Auditório da Junta de Freguesia de Espinho.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

SEMINÁRIO EMPREENDEDORISMO – “INTEGRADO”



A Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida e a ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários) assinaram no passado mês de Março um protocolo, no âmbito da Academia dos Empreendedores.


A Academia dos Empreendedores é uma marca lançada e promovida pela ANJE com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional e pretende dar um novo impulso à capacidade empreendedora das novas gerações. Com este intuito, são organizadas, em parceria com escolas e universidades, diversas actividades de modo a promover o empreendedorismo qualificado.

O seminário Empreendedorismo – “Integrado” foi o primeiro projecto que surgiu desta parceria.
Mas, como salienta a professora de Marketing, Paula Oliveira, “é primeira de muitas actividades que vão surgir de modo a dinamizar o curso e envolver toda a comunidade escolar”.

No seminário estiveram presentes três turmas de 11º ano e uma turma de 10º dos cursos profissionais de Turismo e Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade. Estes jovens terão de efectuar um estágio curricular no último ano do curso e estas iniciativas são também uma forma de os aproximar desde já do mundo do trabalho dando-lhes a conhecer essa realidade.

Na sessão de abertura do seminário marcam presença: Inês Sá, directora de Curso de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade e o representante da ANJE /Academia dos Empreendedores, José Fontes, cujo tema da intervenção foi “Empreendedorismo – Inovação em Movimento”.

Delfina Craveiro, técnica superior na direcção de serviços do emprego e formação da Delegação Regional do Norte falou dos programas de apoio às empresas e Joana Freitas, do projecto d’ Barriga deu o seu testemunho enquanto empresária e empreendedora.

No fim da sessão houve espaço para o debate e a sessão de encerramento foi presidida pelos alunos, Tiago Silva, Tiago Ferreira, Vânia Sá e Mário Rodrigues do 11º 8ª do Curso de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade.

Texto da autoria da formadora Paula Oliveira

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Feira das Profissões - Mais (Em)Formação



A ESMGA participa (em força) na Feira das Profissões - Mais (Em)Formação, cuja organização está a cargo do Centro Social de Paramos.




Esta iniciativa decorre nos dias 7 e 8 de Maio na Nave Desportiva de Espinho e aguarda a visita dos jovens que frequentam as escolas do concelho de Espinho.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bullying: Tribunais devem «poder agir sem queixa»

O coordenador do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, Celso Manata, defendeu hoje que os tribunais deveriam poder agir em casos de bullying (perseguição e humilhação continuada, normalmente em contexto escolar) mesmo sem uma queixa da vítima.

Intervindo no seminário «Violência Escolar: Qual a resposta?» na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Celso Manata referiu as dificuldades em prosseguir um processo de bullying «sem que haja queixa», afirmando que os tribunais «deviam ter a possibilidade de intervir» para impedir um jovem agressor de prosseguir comportamentos que podem levá-lo à delinquência no futuro.

O bullying é uma prática em que um agressor exerce pressão constante sobre uma vítima que percebe como fraca ou vulnerável, e que se pode manifestar física ou psicologicamente.

Celso Manata frisou que o ordenamento legal português permite agir em casos de bullying directo, em que há ofensas corporais, mas não em casos em que esta prática é indirecta, quando o agressor ameaça ou exclui constantemente a vítima de um grupo, e que pode ter «consequências mais nefastas» no futuro «do que uma chapada».
Citando números da criminalidade nas escolas, apontou um aumento nos últimos anos: os 1559 crimes praticados por jovens entre os 12 e os 16 anos em 2005 passaram para 2217 em 2008, a maior parte roubos.

In Diário Digital / Lusa

Prevenir a indisciplina

Eu sou professora de Português e História do 5.º e 6.º anos, é a primeira vez que estou a dar aulas. Iniciei em Fevereiro e quando cheguei à escola encontrei alunos completamente indisciplinados, uma vez que o anterior professor deles os deixou naquele estado. A partir daí comecei com eles um trabalho de melhoramento, o que é certo é que eles já estão melhor um pouco mas ainda se encontram com bastante indisciplina, muitos deles têm desinteresse total pelas disciplinas e não querem trabalhar. O que devo fazer para os cativar mais? Que atitudes devo ter para demonstrar mais autoridade?
Fátima Vieira
Li hoje (03/05/2009) uma interessante crónica de Daniel Sampaio, em que ele fala dos "meninos sem rosto", filhos da pobreza e de bairros degradados, que apenas frequentam as escolas porque a isso são obrigados. Fala-nos de respostas que deveriam contar para a diferença, passando por parcerias entre a escola e outras instituições, mas que são dificultadas pela burocratização e/ou pela falta de recursos. Refere como parceiros fundamentais as comissões de protecção de crianças e jovens, o Tribunal de Menores, os hospitais e centros de saúde (com PAFGAC - Projectos de Apoio à Criança e à Família). Termina a crónica desejando que seja dada atenção ao trabalho discreto que muitos profissionais vão desenvolvendo na procura (e na consecução) de respostas adequadas.De causas possíveis da indisciplina e de parcerias deste género, como uma das estratégias para as escolas lidarem com os problemas de indisciplina e outros, falei já noutros artigos, de que são exemplos Indisciplina e agressividade numa escola perto de si, Prevenir a indisciplina e Visitadores domiciliários.
Ficarei hoje, portanto, por algumas sugestões práticas para lidar com a indisciplina numa turma, que, como é óbvio, não são receitas. Penso que é necessário haver um bom conhecimento dos alunos que a compõem; a definição de regras, conjuntamente por professores e alunos, respeitando o regulamento interno; uniformidade de actuação dos professores; consistência na aplicação das regras e das consequências.
Conhecer bem cada estudante não é tarefa fácil quando se tem a cargo muitas turmas, com um número elevado de alunos. Contudo, para além da dificuldade de concentração que os professores cada vez notam mais nos jovens, acompanhada da existência de conversas paralelas entre eles, há, frequentemente, alunos que se destacam por comportamentos mais disruptivos. O que está por trás? Só uma relação que concilie firmeza a nível da exigência de cumprimento das regras e da realização do trabalho das aulas a par com o interesse e a aproximação a cada um dos alunos permitirá, ao professor, compreender isso. Embora normalmente caiba ao director de turma (DT) essa tarefa, outros docentes podem fazê-la, o que não significa ultrapassar o DT. Vai-se a ver e descobre-se que, atrás daquele aluno que fazia as maiores palhaçadas, está uma criança em sofrimento (pela separação dos pais, porque é alvo de violência doméstica, porque sofre de bullying, porque...), que apenas procura chamar a atenção. Olha-se para outro lado e descobre-se que a incapacidade de concentração de um aluno decorre de estar todo o dia sem comer por razões diversas. Noutra carteira da sala, verifica-se que a agitação do aluno advém de uma hiperactividade não diagnosticada e não tratada. Todos estes "meninos sem rosto", que podem nem sequer provir de meios pobres e degradados, vão ganhando forma, rosto e alma, e pedindo compreensão e afecto e que se olhe para os seus problemas de comportamento como consequências de outros problemas, que devem ser tratados na sala de aula, mas também fora, em colaboração com os pais ou outros técnicos/entidades. Esta é uma área que não pode ser descurada e da qual todo o grupo-turma beneficiará.
Falar sobre indisciplina e formas de a prevenir/combater é uma tarefa sem fim. No próximo artigo fornecerei mais algumas sugestões. E, como Daniel Sampaio, penso que é importante olhar para o trabalho silencioso que muitos profissionais (bons) fazem, sem esperar recompensas ou reconhecimentos numa avaliação que, de tão burocrática, não lhes daria tempo de repararem no rosto e na alma dos tais "meninos sem rosto". Esse "olhar" permitiria a troca de experiências e a aprendizagem e enriquecimento de todos, com benefício para os alunos.
Por Armanda Zenhas in www.educare.pt