domingo, 31 de janeiro de 2010

Escola Segura chamada devido a mau comportamento de criança

Um episódio de mau comportamento de um jovem de 13 anos em relação a uma professora na escola EB 2,3 do Vale da Amoreira, Moita, levou a direcção a chamar elementos da PSP ao local, apesar de não existirem registos de agressão

«É um jovem problemático, que está a ser acompanhado e que já está sinalizado. Apresenta dificuldades de integração e até problemas de ordem psíquica e o que se passou foi mais uma questão de mau comportamento na aula, tendo depois batido com a sua mão na mão da professora», disse à Lusa fonte da PSP.

A Lusa contactou a direcção do Agrupamento de Escolas do Vale da Amoreira, com a directora, Luísa Antunes, a explicar que se tratou de «um comportamento desviante» de um aluno reincidente neste tipo de situações.

«A Escola Segura trabalhou connosco e solicitamos a sua presença na tarde de quinta-feira devido a comportamentos desviantes. Não se tratou de agressão, mas sim de mau comportamento», salientou.

«O aluno está sinalizado há muitos anos, está nos currículos alternativos e tem apoio psicológico», acrescentou.

O Vale da Amoreira é um bairro conhecido na Margem Sul pelas piores razões, sendo a sua principal característica a multiculturalidade.

A directora explica que trabalhar no local «não é fácil» e refere que os professores têm um tipo de preparação «diferente».

«É muito difícil, com vários problemas e indisciplina. São alunos que se enervam com facilidade. Quando começamos o ano nunca sabemos como vai correr», afirmou.

«Existem episódios de indisciplina, falta de regras, mas agressões, felizmente, não há registo», acrescentou.

In Lusa / SOL

domingo, 24 de janeiro de 2010

"Garcia da Orta" cai aos pedaços

Tombaram tectos e portas na escola renovada


Queda de tectos, fugas de gás e infiltrações de água estão a assustar os alunos da Escola Secundária Garcia de Orta, no Porto. Os incidentes sucedem-se, em pavilhões inaugurados no ano passado, e a Parque Escolar anunciou uma auditoria externa.


A descrição de tudo o que tem acontecido nos pavilhões estreados este ano lectivo ocupa meia folha A4 e, para a Associação de Pais de Pais e Encarregados de Educação da Garcia (APGO), que ontem promoveu uma conferência de Imprensa à porta da escola, o que está a acontecer "não tem explicação e são falhas gravíssimas num equipamento novo".

Entre o vasto rol de anomalias elencadas por pais e alunos, destacam-se o colapso de um tecto em finais de Outubro passado, ocorrida fora do horário escolar, uma fuga de gás por perfuração de uma tubagem, a queda de quadros das salas de aula ou infiltrações de água junto à rede eléctrica.

"Já caiu uma divisória numa casa de banho, com consequências físicas para uma funcionária, e os alunos não podem utilizar o pavilhão gimnodesportivo, pois tem aparecido água e humidade tornando-o escorregadio e perigoso", referiu Madalena Antunes, presidente da APGO.

Note-se que a Garcia de Orta foi considerada, em 2008, no ranking das escolas, a melhor secundária do Porto, em matéria de ensino público.

"Já falamos com a Direcção e o Conselho Geral da escola, a DREN, o Ministério da Educação e a Parque Escolar [entidade responsável pela remodelação nas escolas]. Só recebemos um email, anteontem, do presidente da empresa, que se comprometeu a efectuar uma auditoria à obra já realizada", lamentou Madalena Antunes. Joana Miranda, presidente da Associação de Estudantes, anunciou que "na próxima terça-feira à noite haverá uma reunião com todas as partes e só depois serão tomadas medidas".

Contigências

Em comunicado, a Parque Escolar esclareceu que "registaram-se situações (resultantes de contingências associadas à empreitada) que foram prontamente identificadas e solucionadas". "A intervenção na escola é acompanhada por uma equipa de fiscalização permanente, para garante da boa execução dos trabalhos e de acordo com todas as normas técnicas e de segurança. A comissão de segurança reúne semanalmente, e integra o coordenador de segurança da obra e representantes do empreiteiro, da escola, da associação de pais e da Parque Escolar", refere o comunicado. A empresa vai propor uma auditoria que "deverá ser realizada por entidade externa, a sugerir pela Direcção e pelo Conselho Geral da Escola".

Por Reis Pinto, in http://jn.sapo.pt/

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Vale a pena espreitar este blogue...

Rita Fragoso

"O meu comportamento"

"O meu comportamento este ano, não tem sido o melhor. Já tive duas faltas de indisciplina, uma porque estava a esclarecer uma dúvida a uma colega, outra porque dois colegas estavam a sussurrar e eu, sem querer, disse-lhes um pouco alto para se calarem. Assim nós os três levámos uma falta de indisciplina e com a situação anterior foi a mesma coisa. Tirando estas duas situações, tem acontecido falar sem aguardar a minha vez e não tenho posto o dedo no ar, acabando por ser chamada à atenção pelos professores. Nos trabalhos de casa não tenho nada e faltas de material também não.

Em relação à turma, acho que todos nós temos de melhorar o comportamento e de pensar que todos temos oportunidade para falar e exprimir as nossas ideias. Só temos de aguardar a nossa vez. Se todos fizermos isto, será muito mais fácil para os professores não se irritaren, conseguirem explicar e avançar na matéria mais rapidamente.

Para nós (os alunos), também começaremos a ter mais responsabilidade e comportamento mais adequado. As aulas tornar-se-ão mais interessantes, o que tornaria melhor a relação entre professores e alunos.

Da minha parte acho que vou ter de me esforçar mais, para conseguir um bom comportamento."
 
in http://5dazeitao.blogspot.com/

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ainda há 90 escolas em obras no início do segundo período

Alunos dizem que barulho é o principal problema. Só 15 escolas terminaram obras

O primeiro dia de aulas depois das férias de Natal na Escola Secundária com 2º e 3º Ciclo Gil Vicente, em Lisboa, foi de chuva e lama. Muita lama. Este é um cenário provocado pelas obras e que por estes dias é comum à maioria das 90 escolas que estão em remodelação. Na Gil Vicente as queixas dos alunos sobrepõem-se às vantagens de ter uma escola renovada.

"O barulho das obras perturbam as aulas", é uma das queixas mais apontadas pelos estudantes que frequentam a escola Gil Vicente. Ao todo são mais de cem mil os alunos que durante este ano lectivo convivem com obras. Isto só em relação ao programa da empresa Parque Escolar EPE, que abrange as secundárias em remodelação.

Ao todo, no início do ano lectivo estavam a ser alvo de remodelação 101 escolas. Destas, 15 já concluíram as obras, e outras 15 encontram-se na fase final do projecto, de acordo com os números avançados ao DN pelo Ministério da Educação.

Para os sindicatos de professores e associações de pais as requalificações são vistas como "um mal necessário". Embora, Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), reconheça que "é sempre complexo por uma escola a funcionar com a obras a decorrer".

Já Joaquim Ribeiro da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) lembra que "os pais têm de perceber que as obras têm de ser feitas durante o ano lectivo".

Ainda assim alguns encarregados de educação já apresentaram reclamações à Confederação das Associações de Pais (Confap) relacionadas com a segurança das crianças e com a própria execução das obras que não foram concluídas de forma adequada, adianta Albino Almeida. "Mas são queixas residuais e desde o início do ano lectivo não recebemos mais de meia dúzia", refere o presidente da Confap, que encaminha todas as reclamações para as direcções regionais de educação.

Um dos casos em que há queixas de má execução das obras é na escola Gil Vicente. Desta secundária, com alunos do 5º ao 12º ano, o estudante João Pedro Curto fala de "descaracterização" do espaço. "As arcadas que eram a marca da escola desapareceram. Tudo o que era a Gil Vicente desapareceu", acrescenta o jovem de 18 anos.

Enquanto uma aluna do 11º ano lamenta algumas falhas. "A escola está a ficar bonita, mas podia ficar melhor. Foi tudo feito à pressa e está mal acabado. O tecto da casa de banho dos rapazes já caiu e há paredes já descascadas", enumera. A biblioteca também já esteve inundada, conforme revela um estudante, que garante: "A escola estava melhor há dois anos". Ou seja, antes da requalificação começar.
In Diário de Notícias
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