sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Escola barra acessos após agressão

A entrada de pais no perímetro da Escola do 1.º Ciclo do Cerco, no Porto, foi restringida depois da mãe de um aluno ter agredido uma professora. Os encarregados de educação pedem agora reforço na segurança.

Só por motivo "devidamente justificado" podem os pais entrar na Escola do Cerco, de acordo com o director regional adjunto de Educação do Norte, António Leite, em declarações à Lusa. Mesmo nos horários de entrada e de saída têm de esperar pelos filhos à porta do estabelecimento.

A medida de segurança foi tomada logo após a agressão da mãe de um aluno a uma professora, ocorrida no passado dia 21 de Setembro. O estudante em causa tinha sido repreendido e obrigado a terminar na cantina um trabalho que se recusara fazer, contou ao JN uma docente daquele agrupamento de escolas. "A avó também veio cá ameaçar agredir toda a gente, caso a professora não retirasse a queixa contra a mãe do aluno", prossegue a mesma fonte. "Consta no bairro que aqui não se tomam medidas e os professores temem que o caso caia no esquecimento".

Ainda segundo declarações à Lusa, António Leite adiantou que a escola apresentou queixa-crime contra os alegados agressores da professora. Ao JN, o Conselho Executivo da escola recusou-se a prestar esclarecimentos. António Leite, adiantou também que terá "nos próximos dias", uma reunião com as entidades interessadas e responsáveis pela segurança na escola, como os membros do Conselho Executivo, a Direcção Regional de Educação, o Governo Civil e a associação de pais.

Ao final da tarde de ontem, pais e professores de algumas turmas reuniram-se para discutir o problema. Hoje vão reunir-se os docentes e encarregados de educação das restantes.

In Jornal de Notícias (por Nídia Ferreira)

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