sábado, 23 de maio de 2009

Aluno esfaqueado no pátio da escola

Um jovem de 15 anos foi esta quinta-feira esfaqueado no pátio da escola por um colega da mesma idade, ficando gravemente ferido. O caso ocorreu na EB 2,3 Bartolomeu Dias, em Sacavém e foi denunciado ao tvi24.pt por Paulo Condesso, presidente da associação de pais.
O responsável explicou que o jovem foi ferido no peito, «a dois centímetros do coração e teve de ser hospitalizado. Foi muito complicado porque ele estava a perder muito sangue, mas felizmente já recuperou e está em casa». A mesma fonte adianta que o autor da agressão foi travado por uma funcionária, tendo depois sido levado pela polícia para a esquadra, onde os pais o foram buscar depois.

Além da gravidade da situação, Paulo Condesso está revoltado com o facto de a associação de pais só ter sido alertada seis horas depois. «Os pais começaram a ligar-nos, preocupados com a situação que os filhos lhe contaram, mas a escola não nos avisou de nada», adianta.

O responsável explica que a escola tem historial de incidentes sobretudo ligados à rivalidade de jovens da antiga Quinta do Mocho e do Prior Velho. «Há uns dois ou três anos atrás a situação era muito grave. Chegaram mesmo a explodir bombas na escola, mas foram tomadas algumas medidas e a situação melhorou».
Questionado sobre se era frequente os jovens irem armados para a escola, Paulo Condesso afirma que «a polícia chegou a encontrar alguns objectos contundentes nas mochilas de alguns jovens, mas não sei se é habitual trazerem armas».
Mas este episódio voltou a acentuar os receios de pais e alunos. «Os pais estão com medo e os filhos também, sobretudo depois de terem visto aquilo que aconteceu ao colega. Está a gerar-se um clima de medo em torno da escola».
«A associação de pais está a espera que a Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) e o Conselho executivo cumpram com um compromisso assumido há dois anos da colocação da videovigilância nas instalações da escola, que por diversos motivos tem vindo a ser adiada», disse o responsável, que adianta que, «perante estes factos e caso os pais do aluno esfaqueado assim o entendam está a associação de pais disposta a mover um processo contra a Escola/Drel/gabinete de segurança, por não conseguirem garantir a segurança dentro da escola».

A associação enviou uma carta à DREL, conselho executivo da escola, Conselho Geral Transitório do agrupamento , Câmara municipal de Loures, Gabinete de Segurança do ministério da educação, PSP (escola segura), e à Ministra da educação pedindo medidas para «resolver o maior problema que escola tem desde sempre: a segurança».